Hoje comemora-se a memória litúrgica do Beato Papa João XXIII. Este foi o dia escolhido para essa memória pois foi a 11 de Outubro de 1962 que ele abriu o Concílio Ecuménico Vaticano II (faz precisamente 49 anos).
Na
cidade de Roma, no ano de 1958, mais um Papa foi eleito. Os cardeais escolheram
o sucessor do Papa Pio XII, o qual falecera após dirigir os destinos da Igreja
Católica por 19 anos. Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu a Cátedra
de Pedro com o nome de João XXIII. Era um homem simples que transmitia bondade,
mansidão, benevolência e gentileza. Normalmente causava um impacto sempre
favorável nas pessoas. Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um
vivo senso de humor. Além da convocação do Sínodo romano, instituiu uma
comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio
Ecuménico Vaticano II. Muito amante da Tradição da Igreja, desejava apenas
levar o Senhor a todos os povos numa forma de comunhão eclesial mais directa e
mais próxima. Este Papa exalava odor de santidade, sendo assim reconhecido pelo
seu rebanho, que o chamava apenas de “Papa bom”. Buscava incansavelmente a paz
para si mesmo e para todos os povos.
HOMILIA DO CARDEAL TARCISIO BERTONE,
NA EUCARÍSTICA
EM MEMÓRIA LITÚRGICA DO BEATO JOÃO XXIII
EM MEMÓRIA LITÚRGICA DO BEATO JOÃO XXIII
Para João XXIII a Igreja tem um rosto
materno: a sua tarefa é manter os "braços abertos para receber
todos". É uma "casa para os outros" que "quer ser de todos
e, particularmente, a Igreja dos pobres, como a fonte da aldeia", sem
distinção de raça ou religião.
Em
1960, num dos seus escritos, ele registou uma página memorável com notável sentimento
de espiritualidade e religiosidade universal. Chama-se o Decálogo da serenidade
e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz.
DECÁLOGO
DA SERENIDADE
1. Somente hoje, procurarei viver o presente em sentido
positivo, sem querer resolver o problema da minha vida inteiramente de uma só
vez.
2. Somente hoje, terei o máximo cuidado pelo meu
aspecto: vestirei com sobriedade; não levantarei a voz; serei gentil nos modos;
a ninguém criticarei; não pretenderei melhorar ou disciplinar alguém, a não ser
eu mesmo.
3. Somente hoje, serei feliz na certeza de que fui
criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.
4. Somente hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem
pretender que as circunstâncias se adaptem aos meus desejos.
5. Somente hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a
uma boa leitura, lembrando que como o alimento é necessário para a vida do
corpo, do mesmo modo a boa leitura é necessária para a vida da alma.
6. Somente hoje, realizarei uma boa acção e não o
direi a ninguém.
7. Somente hoje, farei algo que não gosto de fazer, e
se me sentir ofendido nos meus sentimentos, farei de modo que ninguém perceba.
8. Somente hoje, organizarei um programa: talvez não o
siga exactamente, mas o organizarei. E tomarei cuidado com dois defeitos: a
pressa e a indecisão.
9. Somente hoje, acreditarei firmemente, não obstante
as aparências, que a boa providência de Deus se ocupa de mim como se não
houvesse mais ninguém no mundo.
10. Somente hoje, não temerei. De modo particular, não
terei medo de desfrutar do que é bonito e de acreditar na bondade. Posso fazer,
por doze horas, o que me espantaria se pensasse em ter que o fazer por toda a
vida.
Conclusão: um propósito totalitário: "Quero
ser bom, hoje, sempre, com todos".
Beato João XXIII,
intercedei por todos nós!
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