terça-feira, 11 de outubro de 2011

Beato João XXIII

Hoje comemora-se a memória litúrgica do Beato Papa João XXIII. Este foi o dia escolhido para essa memória pois foi a 11 de Outubro de 1962 que ele abriu o Concílio Ecuménico Vaticano II (faz precisamente 49 anos).

Na cidade de Roma, no ano de 1958, mais um Papa foi eleito. Os cardeais escolheram o sucessor do Papa Pio XII, o qual falecera após dirigir os destinos da Igreja Católica por 19 anos. Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu a Cátedra de Pedro com o nome de João XXIII. Era um homem simples que transmitia bondade, mansidão, benevolência e gentileza. Normalmente causava um impacto sempre favorável nas pessoas. Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um vivo senso de humor. Além da convocação do Sínodo romano, instituiu uma comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. Muito amante da Tradição da Igreja, desejava apenas levar o Senhor a todos os povos numa forma de comunhão eclesial mais directa e mais próxima. Este Papa exalava odor de santidade, sendo assim reconhecido pelo seu rebanho, que o chamava apenas de “Papa bom”. Buscava incansavelmente a paz para si mesmo e para todos os povos.

HOMILIA DO CARDEAL TARCISIO BERTONE,  NA EUCARÍSTICA
EM MEMÓRIA LITÚRGICA DO BEATO JOÃO XXIII
 
 
Para João XXIII a Igreja tem um rosto materno: a sua tarefa é manter os "braços abertos para receber todos". É uma "casa para os outros" que "quer ser de todos e, particularmente, a Igreja dos pobres, como a fonte da aldeia", sem distinção de raça ou religião.
Em 1960, num dos seus escritos, ele registou uma página memorável com notável sentimento de espiritualidade e religiosidade universal. Chama-se o Decálogo da serenidade e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz.
 
 
DECÁLOGO DA SERENIDADE

1. Somente hoje, procurarei viver o presente em sentido positivo, sem querer resolver o problema da minha vida inteiramente de uma só vez.
 
2. Somente hoje, terei o máximo cuidado pelo meu aspecto: vestirei com sobriedade; não levantarei a voz; serei gentil nos modos; a ninguém criticarei; não pretenderei melhorar ou disciplinar alguém, a não ser eu mesmo.
 
3. Somente hoje, serei feliz na certeza de que fui criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.
 
4. Somente hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem aos meus desejos.
 
5. Somente hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando que como o alimento é necessário para a vida do corpo, do mesmo modo a boa leitura é necessária para a vida da alma.
 
6. Somente hoje, realizarei uma boa acção e não o direi a ninguém.
 
7. Somente hoje, farei algo que não gosto de fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, farei de modo que ninguém perceba.
 
8. Somente hoje, organizarei um programa: talvez não o siga exactamente, mas o organizarei. E tomarei cuidado com dois defeitos: a pressa e a indecisão.
 
9. Somente hoje, acreditarei firmemente, não obstante as aparências, que a boa providência de Deus se ocupa de mim como se não houvesse mais ninguém no mundo.
 
10. Somente hoje, não temerei. De modo particular, não terei medo de desfrutar do que é bonito e de acreditar na bondade. Posso fazer, por doze horas, o que me espantaria se pensasse em ter que o fazer por toda a vida.
 
 
Conclusão: um propósito totalitário: "Quero ser bom, hoje, sempre, com todos".

Beato João XXIII, intercedei por todos nós!

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