Ano C – Solenidade de Cristo Rei do Universo
Dimas, o Bom Ladrão,
porque roubou o
paraíso
A figura do "bom
ladrão" (a quem a tradição chama de Dimas) torna-se um símbolo de
esperança para todos os pecadores.
A sua conversão no
último momento prova que a misericórdia de Cristo pode alcançar até mesmo
aqueles que reconhecem a sua própria indignidade e falta de mérito.
Ao longo da história,
inúmeros escritores espirituais viram em Dimas um modelo de entrega confiante
ao amor de Deus.
Santa Teresa de
Lisieux, encontrou neste episódio apoio para o seu ensino: não são as obras que
salvam, mas o amor de Cristo recebido com simplicidade. Em uma reflexão
piedosa, ela afirma que a misericórdia divina é capaz de apagar os crimes mais
graves e que Jesus também morre para dar vida a Dimas, a quem introduz naquele
mesmo dia no seu reino celeste. Essa perceção de Santa Teresinha revela a
profundidade do mistério: ninguém está excluído do abraço de Deus se estiver
disposto a recebê-lo com um coração humilde.
Cristo Rei e nós
Nós e Cristo Rei
A solenidade de
Cristo Rei do Universo foi instituída por Pio XI, há precisamente 100 anos e
marcada para o último domingo de outubro. A reforma litúrgica do Vaticano II
colocou-a no XXXIV domingo comum, isto é, no último domingo do ano litúrgico.
Parece que a Igreja
só se lembra de Cristo rei, nesta data, ou seja, uma vez ao ano.
Se pensarmos melhor,
afinal não faltam oportunidades diárias para nos lembramos e afirmarmos as
referências a Cristo Senhor e Rei do Universo.
Em primeiro lugar,
sempre que rezamos o Pai nosso, várias vezes ao dia, dizemos – Venha a nós o
vosso reino. Sempre que rezamos o Pai Nosso, lembramo-nos que Deus é rei.
Em segundo lugar,
sempre que olhamos para a cruz de Cristo vemos as únicas letras nela gravadas –
JNRJ – ou seja, Jesus Nazareno Rei dos Judeus. A cruz lembra-nos que Jesus é o
nosso Senhor e Rei.
Sempre que nos
recordamos do nosso batismo, recordamos que recebemos a unção pó-batismal com a
qual somos eternamente membros de Cristo Sacerdote, Profeta e Rei. Portanto ao
nos afirmarmos como batizados estamos a lembrar que somos sacerdotes, profetas
e reis juntamente com Cristo.
Afinal celebrar a
Cristo Rei é realçar referências diárias e constantes da nossa vida.
Ver também:

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