quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Natal (17)


Santa Teresinha do Menino Jesus:
devoção ao mistério da Encarnação e do presépio

Teresinha do Menino Jesus amava de modo todo particular o mistério do presépio. Foi aí que o Menino Jesus lhe revelou os segredos sobre a simplicidade e o abandono.
Em oposição a Marcion, que dizia com desdém: “Tirai estes panos e esta manjedoura indignos de um Deus”, Teresa sentia-se atraída pelos aniquilamentos de Nosso Senhor, que se fez pequenino por nosso amor.
Escrevia com prazer, nos santinhos de Natal que pintava, este texto de São Bernardo: “Jesus, quem vos fez tão pequeno? O Amor!”
O nome de Teresa do Menino Jesus, que lhe deram desde a idade de nove anos, quando manifestara o seu desejo de tornar-se carmelita, permaneceu sempre para ela uma actualidade e esforçou-se por merecê-lo constantemente. Repetia esta oração:
“Ó Menino Jesus, meu único tesouro, eu me abandono a teus divinos caprichos, não quero outra alegria que a de te fazer sorrir. Imprime em mim tua graça e tuas virtudes infantis, a fim de que no dia do meu nascimento para o céu os anjos e os santos reconheçam em mim a tua esposazinha: Teresa do Menino Jesus”.
Festejava também todos os anos, com grande piedade, o dia 25 de Março, porque, dizia ela, “é o dia em que Jesus, no seio de Maria, foi mais pequenino”.

(Conselhos e lembranças de Céline Martin (1869-1959), uma das 4 irmãs de Santa Teresinha do Menino Jesus)



terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Santos Inocentes


28 de Dezembro, Festa dos Mártires Santos Inocentes

Santa Teresinha do Menino Jesus:
Os Ladrões do Céu. Os meus protectores no céu e os meus preferidos são aqueles que o roubaram como os Santos Inocentes e o bom ladrão.
Os grandes santos ganharam-no por suas obras: quero imitar os ladrões, quero conquistá-lo por astúcia, por um ardil de amor que me abrirá a sua entrada, para mim e para os pobres pecadores. O Espírito Santo encoraja-me, pois diz nos Provérbios 1,4: Ó pequenino! Vinde, aprende de mim a astúcia.

São João Crisóstomo:
Considerai a insensatez de Herodes. Se ele acreditava na profecia e considerava inevitável a sua realização, era evidente estar ele tentando algo irrealizável; se não acreditava nela nem esperava que se cumprisse o anunciado, não tinha motivo para temer e se espantar, nem para pôr armadilhas a ninguém. Em nenhuma das duas hipóteses havia necessidade de mentir.
Cego de orgulho, aquele iníquo monarca acreditou ter poder suficiente para opor-se ao plano divino e mudar, segundo os seus caprichos, aquilo que Deus determinara desde toda a eternidade e anunciara pela boca de seus mensageiros!

São Pedro Crisólogo:
Por que Cristo agiu assim? Por que abandonou àqueles que Ele sabia que seriam procurados por sua causa e por sua causa haveriam de morrer? Ele nascera rei e rei do céu, porque abandonou os que eram inocentes? Por que desdenhou um exército de sua mesma idade? Por que os abandonou desse modo?
Irmãos, Cristo não abandonou os seus soldados, mas deu-lhes melhor sorte, concedeu-lhes triunfar antes de viver, fê-los alcançar a vitória sem luta alguma, concedeu-lhes as coroas antes mesmo de seus membros estarem desenvolvidos, quis, por seu poder, que passassem por cima dos vícios, que possuíssem o Céu antes que a terra.

Bossuet:
Bem-aventuradas crianças, cuja vida foi imolada a fim de conservar a vida de vosso Salvador. Se vossas mães tivessem conhecido esse mistério, em lugar de lamentações e de lágrimas, só se ouviriam bênçãos e louvores.

São Bernardo:
Por que haverá quem duvide das coroas dos Inocentes? É menor, por acaso, a piedade de Cristo que a impiedade de Herodes, para crer que este pudesse entregar alguns inocentes à morte e Cristo não pudesse coroar aqueles que foram mortos por Ele? Estes são, verdadeiramente os teus mártires, ó Deus, para que resplandeça com maior evidência o privilégio de tua graça naqueles em quem nem o homem nem o anjo descobrem mérito algum.

Prudêncio:
Salvé, ó flores dos mártires, que na alvorada do cristianismo fostes massacrados pelo perseguidor de Jesus, como um violento furacão arranca as rosas apenas desabrochadas! Vós fostes as primeiras vítimas, a tenra grei imolada, num mesmo altar recebestes a palma e a coroa.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Apóstolo São João


27 de Dezembro
Festa de São João, Apóstolo e Evangelista

1. Pedagogia do amor
São Clemente de Alexandria conta que o Apóstolo São João, já de idade muito avançada, escolheu um jovem para ser sacerdote e contratou um tutor para que fosse instruído, baptizado e confirmado. Meses mais tarde, São João foi ter com o tutor:
- Chegou o momento de me entregares aquele que tão bem soubeste instruir. Onde está o jovem para que eu o ordene sacerdote?
- Ele está morto. – Disse o tutor.
- Como assim? – Indagou São João. Que aconteceu?
- Logo depois da sua instrução e baptismo o rapaz envolveu-se em más companhias e caiu degrau em degrau em todos os vícios até chegar ao fundo. Agora é um ladrão e assassino temido por todos…
São João, como sempre, inclinou a cabeça no peito do rapaz que encolhido de vergonha ali chegara, e disse-lhe:
- Existe ainda um degrau para experimentares. É o do arrependimento que leva ao perdão. A tua salvação não é irrecuperável. Eu responderei por ti diante de tribunal divino e implorarei o teu perdão. Acredita na misericórdia e fica comigo, pois sou enviado de Cristo Jesus.
O jovem ficou parado com os olhos cheios de lágrimas. Depois abraçou o tutor e implorou o seu perdão.
A caridade de São João fê-lo passar pelo segundo baptismo, isto é, o baptismo das lágrimas e tornou-se ministro de Deus, profeta do amor e servidor da reconciliação.

2. Pedagogia da alegria
Um dia um visitante chegou de surpresa à cidade de Éfeso e encontrou o Apóstolo São João numa euforia a jogar com os seus discípulos. O visitante manifestou publicamente o seu desagrado:
- Eu estava à espera de encontrar um mestre recolhido a instruir os seus discípulos e afinal vejo apenas um brincalhão no meio de tanta algazarra.
São João, ainda com ar de brincalhão, tomou o arco e as flechas que o visitante carregava e disse-lhe com todo o afecto:
- Tu és um valente. És capaz de atirar todas estas flechas sem parar?
- Claro que não. O arco poderia quebrar…
- Também eu não. O meu espírito também precisa de descansar e relaxar para não quebrar. Assim, no dia-a-dia podemos brincar e aliviar as nossas tensões… e tornar-nos-emos mais ágeis e flexíveis, capazes de nos lançarmos cada vez mais além.

3. Modelo vocacional
Segundo as palavras do Pe. Dehon o Apóstolo São João é modelo da nossa vocação de amor e reparação:
“Compreendo porque é que São João é o patrono e o modelo da nossa vocação. Na última Ceia ele é o modelo da vida contemplativa, da vida eucarística. No Calvário, ele é o modelo da vida de acção e de sofrimento.”(NQ, 1886, Pág. 136)
“Nós seremos abençoados se formos fiéis à nossa bela missão que é amar e consolar o Coração de Jesus como fazia o apóstolo S. João. É a mais bela das vocações.” (Carta a um Superior, 25/12/1924, Inv. 214.07, AD: B18/6.12/7)
“São João deve ser o nosso modelo principal, porque somente o amor tudo contém.” (CA, Pág. 142)
“São João Evangelista é por excelência o pregador do amor.” (ACJ 1, Pág. 404)

4. Simbologia
O Apóstolo São João era irmão de Tiago o Maior. Foi bispo da igreja de Éfeso. Esteve exilado na ilha de Pátmos entre os anos de 93 a 98, onde escreveu o Apocalipse. Depois de libertado regressou a Éfeso. Morreu quase centenário e foi o único discípulo a ter morte natural. Recebeu diversas agressões durante a vida, inclusive um cálice envenenado, do qual escapou milagrosamente. É por isso que o seu brasão ostenta um cálice com víboras. Como Evangelista a sua figura é a ÁGUIA.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal (16)

Cartas de Natal


1ª - Carta a Cristo Jesus

Caro Cristo,

Faz alguns dias que te escrevemos uma carta, mas não nos atrevemos a colocá-la no correio. É diferente daquelas cartas que, alguns de nós te escrevíamos, quando éramos pequenos, a pedir-te coisas... muito diferente. Esta carta leva más notícias. E já sabes que o que quer que se diga, desde que seja mau, custa muito dizê-lo, ninguém o quer ouvir. Mas nós esperamos que tu nos entendas, tu hás-de-nos compreender. Por isso, ta enviamos.
Dentro em breve é Natal, o dia em que tu queres voltar à terra. E, muito francamente, por muito que te custe ouvi-lo, pensamos que não vale a pena que voltes. Parece-nos inútil, e isto por várias razões:
- Todos os anos se passa o mesmo, uns dias de festa, melhores comidas, as pessoas vestem-se com mais elegância (e quanto snobismo), muitas bebidas, presentes para todos, noites sem dormir...e, passados uns dias, todos continuam como dantes.
- Muitas são as coisas que por aqui vão mal, e não há perspectiva de melhorarem: gente sem trabalho ou mal paga, gente alta que tem casa, mas que vive como se não a tivesse porque mal pára nela, gente com família, mas que faz dela mais um lugar de conflito, marido que berra com a mulher, mulher que grita com o marido, pai que berra com o filho, filho que grita com o pai... A humanidade anda estranha. Em muitos sítios há guerras, mortes e até aqui perto de nós há fome, gente que tem pouco ou não tem mesmo de comer!
- O teu Natal é um comércio para alimentar aqueles que já estão fartos. Nós andamos enganados e a enganar-nos uns aos outros com aquela coisa de "Paz aos homens de boa vontade". Dão-se presentes a quem já os tem, ou então àqueles de quem se espera alguma coisa em troca. Os irmãos de longe ou os que não são dos nossos não recebem sequer uma migalha das nossas coisas. Que pensarão eles do nosso Natal?
Isto está mal, Cristo! Não serve de nada que voltes. Somos muito poucos os que te iríamos escutar. Não te preocupes em acordar os pastores. Deixa-os dormir. Não chames os anjos. Não incomodes os reis. Deixa-os estar. Tu, fica aí onde estás, que ficas melhor. Já retiraram a tua figura das escolas estatais, já te riscaram na sociedade... e para que ninguém te ponha de lado neste natal, é melhor que nem apareças por cá.
Não voltes, não vale a pena.
Os homens não querem nada daquilo que queres trazer...
Os homens querem que os deixes em paz... então fica tu em paz aí nos altos céus.

Um grupo de jovens amigos, teus amigos também.



2ª Resposta à Carta

Queridos amigos,

Agradeço-vos a vossa carta. Li-a com toda a atenção. Fizestes bem em escrever. Aquilo que vocês pensam interessa-me sempre e nunca nenhuma das vossas cartas ficará sem resposta.
Escrevestes a certa altura: Não vale a pena que voltes porque muita gente iria fazer pouco caso. Aqui, desculpai lá, mas, em parte enganais-vos. Tenho que vos explicar duas coisas: primeiro que já estou entre vós (e dentro de vós); depois que quase todos os homens me procuram e me sabem encontrar. Além disso, poderia contar convosco. Já seríeis um bom número, pequeno mas bom. Pelo menos convosco podia contar, ou não?
Já agora, em vésperas do 25 de Dezembro, quero recordar-vos algumas maneiras de celebrar o Natal:
- Cada vez que pensais nos outros, entendeis o Natal.
- Cada vez que rezais e ajudais a rezar. Descobris o Natal.
- Cada vez que admirais e amais a beleza, a vida, a justiça, a bondade, amais e admirais o Natal.
- Cada vez que vos decidis a perdoar, compreender, criar alegria... antecipais o Natal.
- Cada vez que tratais o outro com amor, desfrutais já do Natal.
- Cada vez que buscais os pobres e os que não têm nome, nem voz nem vez, celebrais e fazeis celebrar o Natal.
Não terminaria nunca.
Mas antes de me despedir, queria apenas dizer-vos mais uma coisa. Gostei muito de que me tivésseis escrito em grupo. De que vos tivésseis preocupado e de estardes preocupados com 'o outro grupo'. No entanto, queria que estas últimas linhas fossem, não para vocês como grupo, mas para cada um, e só, para cada um de vós, para ti!
Eu não estou à espera que o mundo mude, nem que os outros mudem. Estou à espera que tu mudes! Não estou à espera que os outros façam Natal. Estou à espera que tu faças Natal. O Natal dos outros depende de ti. Não me importa a maneira que os outros vão encontrar para celebrar o Natal. Interessa-me a maneira como tu vais celebrar o teu Natal, o meu Natal, o nosso Natal.
Eu quero voltar, eu vou voltar e vou ter contigo.
Até breve.

Cristo, o teu amigo

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Humildade

20 de Dezembro

Na oração do dia de hoje pede-se que Maria nos ajude a ser humildes como ela...

Ela era jovem e Deus precisou dela assim mesmo...

A lógica de Deus é sempre desconcertante.
Nós costumamos dizer - Cresce e aparece, isto é, faz-se grande e então farás isto e aquilo...
Deus por seu lado diz: Faz-te pequeno, faz-se humilde e terás uma tarefa, uma grande missão ....

Deus só conta com os pequenos, enquanto o mundo quer contar só com os grandes...
Em vez de CRESCE e APARECE, digamos como Deus: FAZ-TE PEQUENO E APARECE...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Advento da Luz

Em cada etapa do CAMINHO DE LUZ

- Recorda a palavra de ordem

- Escreve em cada dia uma boa acção que tenhas feito

- Ou pinta a estrela do dia com a cor correspondente:
Azul = Oração a Deus
Verde = Ajuda aos outros
Vermelho = Esforço ou sacrifício
Amarelo = Leitura

4 Etapas de um Caminho

1ª Etapa – VIGIAR
Mt 24, 37-44
Luz de Vigia
Farol
Porto de chegada e de partida
Rumo
Orientação
Não caminhar à toa

2ª Etapa – PREPARAR
Mt3,1-12
Luz Guia
Semáforos
Caminho iluminado
Saber quando avançar
ver em que deve parar
situações a ter precaução

3ª Etapa – ALEGRAR-SE
Is 35,1-6
Luz de presença
Lamparina
Sinal de que está alguém em casa
Luz do sacrário
Luz é alegria
Alegria é Luz

4ª Etapa – DAR À LUZ
Mt 1,18-24
Festa de Luz
Maria deu à Luz o Emanuel
Deus Connosco
A Luz em nós
Nós na Luz

NATAL
Jo1, 1-18
A Luz de Deus
O Deus da Luz
Luz do mundo
Mundo da Luz
O Verbo é a luz que vem ao mundo
Iluminar todo o homem.

Tempo de acção


Ano A - IV Domingo Advento

1) MENSAGEM
A mensagem do IV Domingo do Advento é o anúncio a José. Já o Senhor está tão perto e se faz anunciar. Não são apenas sinais do Messias, mas é Ele em pessoa que bate à porta.
O Messias prometido é da família davídica, introduzido nela por José “esposo de Maria, da qual nasceu Jesus”. O sim de José completa e assume o sim de Maria. O menino que vai nascer é filho de Deus e filho do homem.
No anúncio dum filho que vai nascer, feito a Acaz, revela-se a figura do verdadeiro Emanuel.
Jesus é Deus connosco. Nele Deus está presente e vive no meio de nós. Agora a força de Deus já não vem em figuras e promessas, mas aparece em pessoa. Vive connosco a mesma história, comprometido e solidário no mesmo destino e experiência humana.
“Porás o nome de Jesus” (Evangelho).

2) COMPROMISSO
Em todo o Evangelho não se conhece nenhuma palavra pronunciada por este santo homem chamado José. Aliás, são poucas as suas referências. Hoje, Mateus faz desta personagem o centro da mensagem do seu trecho. Sem ser o sujeito de nenhum discurso, é ele o agente de muitas acções.
José – era um homem justo / não queria difamar Maria / resolveu deixá-la em secretamente / fez como lhe ordenou o anjo / recebeu sua mulher / pôs o nome de Jesus.
De todos estes verbos sobressai uma acção – fez. José não disse mas fez. A resposta ao chamamento que Deus lhe fez não foi dada por palavras, mas por actos. José é verbo/acção e não substantivo/nome. Ele é espelho de Deus, testemunha daquilo que deus é.
José chama a nossa atenção para esta realidade – mais que palavras, obras. Ele que foi um homem de acção, convida-nos a seguirmos o seu exemplo: “Res, non verba”.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ao rezar o Pai Nosso

O Pai Nosso de cada dia (124)


Não digas “PAI” se a cada dia não te comportas como Filho.

Não digas “NOSSO” se vives isolado em teu Egoísmo.

Não digas “QUE ESTAIS NO CÉU” se só pensas em coisas terrenas.

Não digas “SANTIFICADO SEJA O TEU NOME” se não o honras.

Não digas “VENHA A NÓS O TEU REINO” se o confundes com o sucesso material.

Não digas “SEJA FEITA A VOSSA VONTADE” se não a aceitas como ela é, dolorosa.

Não digas “O PÃO NOSSO DE CADA DIA” se não te preocupas por quem tem fome.

Não digas “PERDOA AS NOSAS OFENSAS” se guarda rancor a teus irmãos.

Não digas “LIVRAI-NOS DO MAL” se não tomas partido contra o mal.

Não digas “AMÉM” se não tem entendido ou não tem levado a sério as palavras do PAI NOSSO.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Pai Nosso de Santa Matilde

O Pai Nosso de cada dia (123)

Um dia em que Santa Matilde havia acabado de comungar e oferecer a Deus a Hóstia Preciosíssima a fim de que Ela servisse para a libertação das Almas do Purgatório, com a remissão dos seus pecados e a reparação de suas negligências, ouviu o Senhor dizer-lhe: “Reza por elas um Pai Nosso em união com a intenção que Eu tive, ao tirá-lo do Meu Coração, a fim de ensiná-lo aos homens”. Ao mesmo tempo, a inspiração Divina desvendou a Santa Matilde as intenções do Pai Nosso pelas Almas. E quando Santa Matilde acabou de rezar o Pai Nosso nessas intenções, ela viu uma grande multidão de Almas, rendendo graças a Deus pela sua libertação do Purgatório, numa alegria extrema. Cada vez que a Santa rezava essa oração, via uma legião de Almas subindo para o Céu. Socorramos as pobres Almas do Purgatório, que nada podem para si mesmas, a não ser sofrer, esperando pelos nossos sufrágios, rezar por nós e serem gratas.

PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS
Peço-Vos humildemente: Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso,
que perdoeis às Almas do Purgatório, por não Vos terem amado nem prestado toda a honra que Vos é devida, a Vós, Seu Senhor e Pai, que por pura graça as adoptastes como Vossas filhas. Pelo contrário, por causa dos pecados, fecharam os seus corações onde Vós queríeis habitar para sempre.
Em reparação destas faltas, ofereço-Vos o amor e a veneração que o Vosso Filho Encarnado Vos testemunhou ao longo da Sua Vida terrestre e ofereço-Vos todos os actos de penitência e de reparação que Ele cumpriu e pelos quais apagou e expiou os pecados dos homens.

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às Almas do Purgatório, por não terem honrado dignamente o Vosso Santo Nome: elas pronunciaram-No muitas vezes distraidamente e tornaram-se indignas do nome de cristãos pela sua vida de pecado.
Em reparação das faltas que cometeram, ofereço-Vos toda a honra que o Vosso Filho Bem-Amado rendeu ao Vosso Nome, por palavras e actos ao longo de toda a Sua Vida terrestre.

VENHA A NÓS O VOSSO REINO
Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às Almas do Purgatório porque não procuraram nem desejaram o Vosso Reino, com intenso fervor e empenho, este Reino que é o único lugar onde reina o verdadeiro repouso e a paz eterna.
Em reparação pela indiferença em fazer o bem, ofereço-Vos o desejo do Vosso Divino Filho através do qual Ele quis ardentemente torná-las, a elas também, herdeiras do Seu Reino.

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU
Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às Almas do Purgatório por não se terem sempre submetido com devoção à Vossa Vontade. Elas não procuraram cumprir a Vossa Vontade em todas as coisas e muitas vezes cederam a agiram fazendo unicamente a sua própria vontade.
Em reparação da sua desobediência, ofereço-Vos a perfeita conformidade do Coração cheio de Amor do Vosso Filho à Vossa Santa Vontade e a submissão total que Ele Vos testemunhou obedecendo-Vos até à Sua Morte na Cruz.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE
Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às Almas do Purgatório por não terem recebido sempre o Santo Sacramento da Eucaristia com intenso desejo. Receberam-No muitas vezes sem recolhimento , sem amor, ou indignamente ou mesmo negligenciando recebê-Lo.
Em reparação de todas estas faltas que cometeram, ofereço-Vos a plena santidade e o grande recolhimento de Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Divino Filho, bem como o ardente amor, através dos quais nos ofereceu este dom incomparável.

PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NÓS
PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO
Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às Almas do Purgatório todas as faltas de que se tornaram culpadas sucumbindo aos sete pecados capitais e também quando não quiseram amar, nem perdoar aos seus inimigos.
Em reparação de todos estes pecados, ofereço-Vos a Oração cheia de Amor que o Vosso Divino Filho Vos dirigiu em favor dos seus inimigos quando estava na Cruz.

E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às Almas do Purgatório, porque muitas vezes não resistiram às tentações e paixões, mas seguiram o Inimigo de todo o bem e abandonaram-se às fraquezas da carne.
Em reparação de todos estes pecados em múltiplas formas, dos quais se reconhecem culpadas, ofereço-Vos a gloriosa Vitória que Nosso Senhor Jesus Cristo trouxe ao mundo assim como a Sua Vida Santíssima, o Seu trabalho e penas, o Seu sofrimento e a Sua Morte crudelíssima.

MAS LIVRAI-NOS DO MAL
Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, livrai-nos de todos os flagelos, pelos méritos do Vosso Filho Bem-Amado e conduzi-nos, bem como às Almas do Purgatório, ao Vosso Reino de Glória
eterna, que se identifica conVosco.

Ámen.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Pai Nosso dos parênteses


O Pai Nosso de cada dia (122)

PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS
(sei que estais em todo lugar)

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
(pelo qual tenho inexplicável respeito)

VENHA A NÓS O VOSSO REINO
(aqui todos precisam de muita luz, paz, paciência esperança...)

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE
(aqui tem umas vontades estranhas, tanto mal, pra pouca coisa, aqui dá-se a vida por um mal e tão pouco para o bem, me excluo humildemente dessa pratica)

ASSIM NA TERRA
(ajude principalmente o materialistas, esses precisam, mais)

COMO NO CÉU

O PÃO NOSSO DE CADA DIA
NOS DAI HOJE
(só pra que, não esqueçamos do Senhor um só momento)

PERDOAI AS NOSSAS OFENÇAS
(tento todos os dias, ser um pouco melhor, porém reconheça que preciso demais da sua ajuda)

ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS
(tenho conseguido muitas vezes, porém não sei se é certo, tenho pena das mesmas)

A QUEM NOS TEM OFENDIDO
(que me livre das que me querem mal e me una as que me querem bem, se não for pedir muito, não deixem que essas mantenham esse sentimento em vão)

NÃO NOS DEIXEI
(não me deixeis esquecer nunca dos meus valores)

CAIR EM TENTAÇÃO
(peço força pra o que aguento e milagres para os que não suporto)

MAS LIVRAI-NOS DO MAL
AMÉM

http://rbmangabeira.blogspot.com/2009/09/pai-nosso-que-estais-no-ceu.html

entrar no reino

3ª Feira - III Semana Advento

No Evangelho de hoje Jesus previne-nos que os pecadores públicos estrarão à nossa frente no reino dos céus.
Isto quer dizer:
- Que eu não sou melhor do que os pecadores públicos.
- Que os pecadores públicos são são piores do que eu.
- Que afinal entraremos todos juntos.
- Que as portas dos céus estão abertas para todos.
- Que os bons e os menos bons entrarão na mesma.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pai Nosso Pequenino

O Pai Nosso de cada dia (121)

Pai nosso pequenino
Tem a chave do paraíso
Quem ta deu quem ta daria
Foi o Filho da Virgem Maria.

Cruz em montes, cruz em fontes
Meus inimigos não me encontrem
Nem de noite, nem de dia,
Nem à hora do meio-dia.

Já os galos pretos cantam,
Já os anjos se levantam,
Já Jesus subiu à cruz
Para sempre amen Jesus.


http://avomargarida.blogspot.com/2009/07/pai-nosso-pequenino.html

domingo, 12 de dezembro de 2010

O Evangelho da Alegria


Ano A - III Domingo Advento

Um rabino contava que no dia em que Jesus nasceu, alguém bateu à sua porta. Era um jovem seu amigo. Gritava da parte de fora que o Messias havia nascido, que os anjos de Deus cantavam de alegria, os pastores acorriam a presenteá-lo, uma luz inundava a gruta e tantas outras maravilhas. Seria de verdade o Messias anunciado pelos profetas?
O velho rabino levantou-se e espreitou pela janela. A noite estava calma. Observou o céu estrelado e não viu nada de especial. Alongou a vista para a direita, para a esquerda e tudo lhe pareceu normal de uma noite de Dezembro.
- Não, não é Ele, não é o Messias.
- Mas porque dizes isso? – perguntou o jovem junto à porta. Eu tenho a certeza de que é o Esperado pelo Povo.
- Não é o Messias porque a noite continua como sempre, nada mudou nem na terra nem no céu.
Pelo sim, pelo não, o rabino abriu a porta ao seu amigo e ao contemplar o seu rosto declarou:
- Tens razão, é o Messias porque algo mudou. Tu estás diferente. Eu vejo na tua cara essa alegria profetizada. Vejo nos teus olhos a certeza da tua fé.

A alegria é um missionário, muito simples, que anuncia Deus.
O Evangelho é o manual da alegria. Alegrai-vos no Senhor, repete São Paulo no 3º Domingo do Advento. Alegrai-vos porque o Senhor está convosco.
Na presença de Deus, tenhamos vergonha de estar tristes.
Além disso, sorrir é também uma forma de fazer o bem.
E só é verdadeiramente alegre quem alegra.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pai Nosso em Acróstico

O Pai Nosso de cada dia (120)

Criador nosso que estais em todos e em tudo.
Abençoado é o Vosso transcendente nome.
Reine em nós o Vosso amor, com todo o seu conteúdo.
Impere a Vossa vontade, sempre, e nos dome.
Dai-nos hoje o nosso alimento físico e o espiritual.
Apagai e perdoai as nossas ofensas, dívidas e pecados,
Do mesmo modo como perdoamos a quem nos fez mal.
E não nos deixeis ser por nenhuma tentação dominados.
Sêde o nosso escudo, contra a fome, o mal e os malvados.

Na última linha se recapitulam todas as rimas anteriores.


http://www.eurooscar.com/orar/orar4.htm

Insatisfeitos


6ª Feira - II Semana Advento

No Evangelho de hoje Jesus diz que os seus contemporâneos pareciam crianças na praça que recusam qualquer jogo proposto pelos seus companheiros.

Porquê?

Porque diziam que João Baptista era um profeta mito exigente que só dizia – arrependei-vos, arrependei-vos, arrependei-vos…
Por sua vez diziam que Jesus era liberal demais, era só amor e perdão...tudo facilidades.

O problema não estava no profeta nem na sua mensagem ou convite.
O problema é que eram meninos reclamões que criticavam tudo e todos;
Ou eternos insatisfeitos;
Ou murmuradores inveterados;
Ou crianças enjoadinhas;
Ou então garotos refilões;
Ou ainda gente que não sabe o que quer.

Ainda hoje somos assim:
Reclamamos, criticamos, refilamos... porque não sabemos o que queremos.
A insatisfação gera inércia, destrói relacionamentos, inventa culpados.

Diz a sabedoria popular – Muito ajuda, quem não atrapalha.
Pois eu digo – Atrapalha à vontade, pois o que interessa é participar.
Só assim Jesus não se queixará de nós como o fez dos seus contemporâneos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Comentário bíblico do Pai Nosso

O Pai Nosso de cada dia (119)

Pai Nosso que estais nos céus
Mt 5,48
Mt 11, 27
Mt 23, 9
Gal 3,26
Fil 3, 20
Rom 8,15

Santificado seja o vosso nome
Jo 15,8
Jo 17,6.26
Heb 2,11s
Heb 10,9

Venha a nós o vosso reino
Mt 6,33
Lc 14,17
Col 3,1s
Heb 13,14
Rom 14,17
1Cor 15,28

Seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu
Mt 7,21
Lc 22,42
Jo 4,34
Heb 10,7

O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Mt 5,45
Mt 6,31-34
Jo 6,33s
Jo 6,51
1Tim 6,8
1Tim 6,17

Perdoai as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido
Mt 5,14s
Mt 5,44
Mc 11,25s
Lc 17,3s
Lc 23,34
1Jo 4,20

E não nos deixeis cair em tentação
Mt 26,41
Lc 22,40
1Cor 10,13
2Cor 12,9
Tgo 1,13s

Mas livrai-nos do mal
Jo 15,5
Jo 17,15
Col 1,13
Ef 6,16

Violentos


5ª Feira - II Semana Advento

Do Evangelho de hoje:
'...reino dos Céus sofre violência e são os violentos que se apoderam dele...'

De três, uma.
- ou a tradução quer dizer - esforço - O reino dos céus é daqueçes que se esforçam...
- ou é mesmo dos violentos, mas os que exercem violência sobre si mesmo e não sobre os outros..., isto é, os que são exigentes consigo mesmo.
- ou os que são vítimas da pressão, da violência, da exigência ou da insistência do Reino de Deus...

Só entra no reino dos céus :
- quem se esforça
- quem é exigente consigo mesmo
- quem suporta a pressão do próprio Reino.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Padroeira de Portugal

8 de Dezembro
Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, ou Senhora da Conceição

Provisão Régia de 25 de Março de 1646:

“Dom João, por graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves, etc…
Faço saber aos que esta minha Provisão virem, que sendo ora restituído, por mercê muito particular de Deus Nosso Senhor, à Coroa destes meus Reinos e Senhorios de Portugal;
Considerando que o Senhor Rei Dom Afonso Henriques, meu Progenitor, e primeiro Rei deste Reino, sendo aclamado e levantado por Rei, em reconhecimento de tão grande mercê, de consentimento de seus Vassalos, tomou por especial Advogada sua a Virgem Mãe de Deus, Senhora Nossa, e debaixo de sua sagrada protecção e amparo, lhe ofereceu a todos seus Sucessores, Reinos, e Vassalos, com particular tributo, em sinal de feudo e vassalagem;
Desejando eu imitar seu santo zelo, e a singular piedade dos Senhores Reis meus Predecessores – reconhecendo em mim avantajadas e contínuas mercês e benefícios da Liberal, e Poderosa Mão de Deus Nosso Senhor, por intercessão da Virgem Nossa Senhora da Conceição:
Estando ora junto em Cortes com os Três Estados do Reino, lhes fiz propor a obrigação que tínhamos de renovar e continuar esta promessa, e venerar com muito particular afecto e solenidade a Festa da Sua Imaculada Conceição e nelas, com parecer de todos, assentamos de tomar por Padroeira de nossos Reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição, na forma dos Breves do Santo Padre Urbano VIII, obrigando-me a haver confirmação da Santa Sé Apostólica.
E lhe ofereço de novo, em meu nome, e do Príncipe Dom Teodózio, meu sobre todos muito amado e prezado Filho, e de todos meus Descendentes, Sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos, à Sua Santa Casa da Conceição sita em Vila Viçosa, por ser a primeira que houve em Espanha desta invocação, cinquenta cruzados de ouro em cada um ano, em sinal de tributo e vassalagem.
E da mesma maneira prometemos e juramos, com o Príncipe e Estados, de confessar e defender sempre, até dar a vida, sendo necessário, que a Virgem Senhora Mãe de Deus foi concebida sem pecado original; tendo respeito a que a Santa Madre Igreja de Roma, a quem somos obrigados seguir e obedecer, celebra, com particular Ofício e Festa, sua Santíssima e Imaculada Conceição; salvando, porém, este juramento no caso em que a mesma Santa Igreja resolva o contrário.
Esperando com grande confiança na infinita Misericórdia de Nosso Senhor, que por meio desta Senhora Padroeira e Protectora de nossos Reinos e Senhorios, de quem por honra nossa nos confessamos e reconhecemos Vassalos e tributários, nos ampare e defenda de nossos inimigos com grandes acrescentamentos destes Reinos, para glória de Cristo nosso Deus, e exaltação de nossa Santa Fé Católica Romana, conversão das gentes, e redução dos hereges.
E se alguma pessoa intentar coisa alguma contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo feito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançada fora do Reino; e se for Rei, o que Deus não permita, haja a sua e nossa maldição, e não se conte entre nossos descendentes; esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino, e subiu à Dignidade Real, seja dela abatido e despojado.
E para que em todo o tempo haja certeza desta nossa eleição, promessa e juramento, firmada e estabelecida em Cortes, mandamos fazer dela três autos públicos, um que será logo levado à Corte de Roma, para se expedir confirmação da Santa Sé Apostólica, e outros dois, que, juntos à dita confirmação, e esta minha Provisão, se guardem no Cartório da Casa de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, e na nossa Torre do Tombo.
Dada nesta nossa Cidade de Lisboa, aos 25 dias do mês de Março. Luís Teixeira de Carvalho a fez. Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1646. Pero Vieira da Silva a fez escrever – El- Rei.

Pela nove horas de 1 de Dezembro de 1640 rebentou a revolução. Os conjurados invadiram tumultuosamente o Paço, convidaram a Duquesa de Mântua, regente do reino, a retirar-se (saindo livremente por uma porta, para não o fazer forçosamente pela janela) e assassinaram o Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos, que era em Portugal o alter-ego do Conde-duque de Olivares.
Num momento, o venerando velho D. Miguel de Almeida assoma a uma janela, com as lágrimas a caíram-lhe sobre as barbas brancas. Com uma das mãos floreando o estuque, chamando com a outra o povo, clama:
- Liberdade! Liberdade! Viva El-Rei D. João IV! O Duque de Bragança é o nosso legítimo Rei! O céu restitui-lhe a coroa para que o Reino ressuscite!
El-Rei D. João IV apressou-se a repetir o gesto de D. Afonso Henriques, escolhendo com os seus vassalos a Imaculada Conceição para a Padroeira Nacional, conforme acima ficou transcrito.

Os Papas que conheceram o Pe Dehon (5)



















Papa Bento XVI
(Joseph Ratzinger)
19 de Abril de 2005

- O Papa Bento XVI iniciou o seu ministério papal em celebração na Praça de São Pedro a 24 de Abril de 2005, no preciso dia em que o seu antecessor tinha agendada a beatificação do Pe. Dehon, que ficou assim a aguardar nova data.
- A 6 de Novembro de 2006, a Santa Sé comunicou a decisão de adiar, sem fixar nenhum data (“lungo dilata”), a beatificação do P. Dehon. A carta precisa que esta decisão não punha em causa a “luminosa” figura do Fundador, nem “a sua preciosa actividade apostólica”, continuada pela Congregação por ele fundada. A razão do adiamento foi motivada pela presença de algumas expressões sobre o judaísmo nos escritos do P. Dehon que, na ocasião do anúncio da beatificação, provocaram reacções negativas junto da Santa Sé e na imprensa.
- Vigésimo Segundo Capítulo Geral SCJ, Roma 17/05-12/06/2009, foi reeleito o Pe. José Ornelas Carvalho.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os Papas que conheceram o Pe Dehon (4)























Papa João Paulo II
(Karol Wojtyla)
16 de Outubro de 1978 – 02 de Abril de 2005

- Décimo Sétimo Capítulo Geral SCJ, Roma 22/05-29/06/1979, foi eleito Pe. António Panteghini, sétimo Superior Geral.
- Décimo Oitavo Capítulo Geral SCJ, Roma 15/05-14/06/1985, foi reeleito Pe. António Panteghini.
- Décimo Nono Capítulo Geral SCJ, Roma 14/05-07/06/1991, foi eleito Pe, Virgínio Bressanelli, oitavo Superior Geral.
- Vigésimo Capítulo Geral SCJ, Roma 14/05-06/06/1997, foi reeleito Pe. Virgínio Bressanelli.
- 11/03/2001, João Paulo II beatificou o primeiro dehoniano, o mártir espanhol Pe. Mariano João da Cruz Garcia Mendez.
- Vigésimo Primeiro Capítulo Geral SCJ, Roma 12/05-13/06/2003, foi eleito Pe. José Ornelas Carvalho, nono Superior Geral.
- A 21 de Outubro de 2003, pela primeira vez foram nomeados Cardeais por João Paulo II dois dehonianos: Cardeal D. Eusébio Óscar Sheid do Rio de Janeiro (Brasil) e Cardeal D. Stanislas Nagy da Polónio, recém-ordenado Bispo e amigo pessoal do Papa.
- A 8 de Abril 2004 João Paulo II assinou o decreto da beatificação do Pe. Dehon e a 19 de Abril, na presença do Santo Padre, foi lido o Decreto que conclui o processo de beatificação do Venerável P. Leão Dehon, fundador da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus. A celebração da beatificação ocorrerá em data oportuna.
- A 29 de Dezembro de 2004 a Santa Sé informou que o Santo Padre João Paulo II proclamará Beato o Venerável Padre Leão Dehon, Fundador da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus no dia 24 de Abril de 2005, durante a celebração eucarística na Praça de São Pedro.
- Devido à morte do Papa João Paulo II a 2 de Abril de 2005, a data prevista para a beatificação do Pe. Dehon teve de ficar em aberto.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Paralítico

2ª Feira - II Semana Advento

Do Evangelho de hoje: Levaram um paralítico num catre, até Jesus, descendo-o pelo tecto...
Jesus disse-lhe: Os teus pecados estão perdoados...

O pecado é uma espécie de paralisia:
- Ficamos de rastos ou prostrados...
- Ficamos dependentes dos outros...
- Ficamos prisioneiros...
- Só podemos sair da situação decendo... isto é, humilhando-nos, baixando-nos até aos pés de Jesus que nos perdoa...

Na vida da graça tudo é diferente:
- Pomo-nos direitos, "endireitamos-nos".
- Podemo-nos deslocar com plena liberdade.
- Podemos dar glória a Deus.
- Podemos carregar a nossa condição sem sobrecarregar os outros...

Todos nós somos paralíticos, somos pecadores.
Que o Senhor nos cure, nos perdoe..

Os Papas que conheceram o Pe Dehon (3)













Papa João Paulo I
(Albino Luciani)
26 de Agosto de 1978 – 28 de Setembro de 1978

- Em 1968, como Bispo de Vittorio Veneto, o futuro o Bispo Lucciani, futuro Papa João Paulo II, acolheu os Padres Dehonianos para fundar uma obra vocacional em Conegliano Veneto.
- A 14 de Abril, como Patriarca de Veneza, aquando das comemorações do centenário da fundação da Congregação SCJ, o cardeal Albino Luciani, futuro Papa sorriso, fez uma palestra em Pádua acerca do Pe. Dehon – uma vida pela difusão de Deus. “O sacerdote que vive verdadeiramente o amor de Deus e dos irmãos não tem vida cómoda, mas nada pode apagar o seu fervor”, disse o Cardeal Luciani realçando a vocação sacerdotal do Pe. Dehon. E concluiu: “Avançai, avançai mais, mas o servo de Deus Leão Dehon caminhe diante de vós, especialmente vivo na devoção bem entendida daquele Coração que ele tanto amou e fez amar.”

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os Papas que conheceram o Pe Dehon (2)













Papa Paulo VI
(Giovanni Battista Montini)
21 de Junho de 1963 – 06 de Julho de 1978

- Décimo Quinto Capítulo Geral SCJ 1ª Sessão, Roma 27/04-25/06/1966.
- Na audiência aos membros do XV Capítulo Geral da Congregação SCJ, o Papa Paulo VI disse: “O Pe. Dehon foi o apóstolo de que a Igreja do seu tempo teve imperiosa necessidade. Preservando-se da nostalgia do passado, soube adaptar-se plenamente ao mundo no qual vivia!” (14/06/1966).
- Décimo Quinto Capítulo Geral SCJ 2ª Sessão, Roma 10/05-01/07/1967, foi eleito P. Alberto Bourgeois, sexto Superior Geral.
- Décimo Sexto Capítulo Geral SCJ, Roma 23/05-07/07/1973, foi reeleito Pe. Alberto Bourgeois.
- “Dilectos filhos, ao ver-vos diante de mim e ao prensar no empenho religioso que vos é próprio, sentimos pairar o espírito bendito do venerado Pe. João Leão Dehon, inspirado Fundador da vossa Congregação…” foi o que disse aos Sacerdotes do Coração de Jesus na audiência particular no dia 22 de Maio de 1978, por ocasião da celebração do Centenário da Congregação. Depois da bênção apostólica, o santo ofereceu ao Superior Geral um opúsculo com extractos dos seus discursos, mensagens e homilias sobre A Devoção ao Sagrado Coração. Por sua vez o Superior Geral doou ao Santo Padre o II e III Volumes da Opera Omnia Social do Pe. Dehon.

O Caminho de Deus

ANO A - II Domingo Advento


Conta-se que um professor estava a preparar a sua lição de Geografia mas o seu filho não o deixava em paz. Para entretê-lo, rasgou uma página de uma revista que tinha um mapa-mundi, cortou-a em vários pedaços e pediu ao filho que refizesse aquele mapa. Era trabalho difícil unir tanta divisão de modo que estaria ocupado durante largas horas. O miúdo, todo empenhado pôs mãos à obra. Breves momentos depois apresentou ao pai o puzzle perfeito.
- Já!? Como conseguiste fazer tão depressa?
- Foi fácil. Vi, da parte de trás da folha, a fotografia de um homem e através dele reconstrui o mapa-mundi.
A figura do homem foi o caminho para a reconstrução do mundo, nas mãos daquela criança.

Neste tempo do Advento, ouvimos repetidamente o apelo de João Baptista: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Mas qual é o caminho de Deus? O Mistério da Incarnação dá-nos a resposta. O Homem é o caminho que Deus escolheu para chegar até nós. Ele fez-se homem como nós para levar a nossa humanidade até Deus.
Preparar o caminho de Deus é apurar o homem, é redescobrir a sua dignidade. Endireitar as suas veredas é corrigir os seus atalhos, preencher os vazios, abater o que está a mais.
Se esse foi o caminho de Deus, o nosso caminho só pode ser o mesmo. O caminho da Igreja é o homem porque o homem é o caminho de Deus.
É este o único caminho para reconstruir o mundo e torná-lo melhor.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cegos que seguem Jesus

6ª Feira - I Semana Advento

Do evangelho de hoje:

1ª Dois cegos seguiam Jesus...
- Independentemente da nossa codição, da nossa cegueira, das nossas limitações... nós podemos seguir a Jesus, tal como os cegos do evangelho não deixaram de ser seus discípulos.

2ª Jesus disse-lhes: Seja feito segundo a vossa fé.
- Maria disse: Faça-se segundo a vossa Palavra.
- Nós dizemos, na oração do Pai Nosso: Faça-se segundo a vossa vontade.
Tudo isto está certo, mas o mais importante é o que Jesus diz, pois Ele pode querer e nós não... basta então dizer: faça-se segundo a nossa fé.

Os Papas que o Pe. Dehon conheceu (6)













Papa João XXIII
(Ângelo Giuseppe Roncalli)
28 de Outubro de 1958 – 03 de Junho de 1963

- A 14 de Abril de 1906, o Pe. Dehon chegou a Bérgamo para contactos em vista à implantação da Congregação SCJ na Itália. Foi acolhido na estação pelo secretário do Bispo, Angelo Roncalli, o futuro João XXIII que acompanhou o Pe. Dehon até Pontida para visitar a célebre abadia, então à venda e depois a Nembro-São Nicolau, em Val Seriana, onde havia uma vila com um espesso parque também à venda, mas demasiados caros para o Dehon. Os dois foram depois até Albino, onde algum tempo mais tarde surgiu o primeiro seminário da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus em terras italianas.
- Décimo Quarto Capítulo Geral SCJ, Roma 09-17/1959, foi eleito Pe. José de Palma, quinto Superior Geral.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Verso e Reverso do Pai Nosso

O Pai Nosso de cada dia (118)

O Avesso do Pai Nosso,
Rezado individualmente e em silêncio:

Pai Nosso, ficai nos Céus:
Não vos mistureis com os nossos afazeres.
Que o meu nome seja honrado, conhecido, estimado,
Ou ao menos o nome da minha família, da minha comunidade.
Venha o meu reino, estenda-se a minha influência,
Cresçam as minhas posses.
Sobretudo, faça-se a minha vontade.
O meu pão está seguro na minha saca,
No me frigorífico, no meu banco.
Perdoo para comprar e merecer o vosso perdão.
Não me envieis provas e desgraças.
Livrai-nos dos meus inimigos,
Ámen.

O autêntico Pai Nosso,
Rezado comunitariamente e com entusiasmo:

Pai Nosso que estás connosco:
Tu nos revelaste e comunicaste o teu amor
E nós o viveremos de tal forma
Que ele se transmita, pelas nossas amizades e fraternidades,
A todos os que o esperam.
Fizeste conhecer em Jesus Cristo
A tua vontade de justiça, de amor comparticipado,
E nós queremos cumpri-la nesta terra,
Para que ela se torne um lugar
Onde a justiça habite e onde todos se amem.
Repartiste connosco tão admiravelmente o teu pão
Que nos tornaste também capazes de reparti o nosso pão.
Tão bem nos perdoaste que nos inspiras o tacto, o respeito
E a alegria com que nos devemos reconciliar uns com os outros.
Estás connosco em todas as provas,
Em todas as tentações e sofrimentos,
Para as superarmos como tu.
Contigo, em ti, por ti,
Nós libertaremos o mundo do mal.
Ámen!

(Cf. LOUIS EVELY, A oração dum homem moderno, Ed. Perpétuo Socorro, Porto, 1974, páginas 138-160).

Construir sobre a rocha

5ª Feira - I Semna do Advento

Quem é quem nesta parábola de Jesus sobre a construção sobre a rocha ou sobre a areia?

Duas hipóteses:


Os construtores – somos nós
A Rocha – é Jesus
A casa – é a nossa vida
A areia – é tudo o que é ilusão, efémero, passageiro.
As tempestades – são as contrariedades da vida.

Só podemos construir com segurança apoiados em Jesus
Tudo o que fazemos, que seja unidos a Jesus,
Sem esta união não vamos longe.
Quer queiramos ou não, quer sejamos bons ou menos bons, teremos sempre de enfrentar tempestades, ventanias e chuvadas.
As intempéries desabam sobre os dois tipos de construção, sobre as que estão construídas sobre a areia, bem como sobre as que estão construídas sobre a rocha firme.
A diferença não está na tempestade, nem na casa , mas no apoio, no alicerce, na rocha.

Vivamos então unidos a Jesus pois é a única maneira de resistir à contingência da vida.



O construtor – É Jesus
A Rocha – é cada um de nós
A casa – é o projecto de Deus a nosso respeito (Aquilo que Deus quer fazer nesta pedra dura, fria e pesada…
A areia – é tudo o que é ilusão, efémero, passageiro.
As tempestades – são as contrariedades da vida.

(Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja – Sobre nós Deus também tem projectos, Deus tem um sonho para cada um de Nós…
Primeiro Deus sonhou sobre um homem de barro – Adão… Esse barro desfez-se, auto destruiu-se
Nos últimos tempos Deus quis construir o seu projecto sobre um homem de pedra, pois só assim ficaria seguro…

Deixemo-nos então modelar, construir segundo o projecto de Deus e a nossa vocação …
Entreguemo-nos nas mãos de Deus, só assim ele poderá fazer desta pedra bruta, uma construção para a eternidade.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os Papas que conheceram o Pe. Dehon (1)













Papa Pio XII
(Eugenio Pacelli)
02 de Março de 1939 – 09 de Outubro de 1958

- A 29 de Outubro de 1939 o Papa Pio XII consagrou bispo, na Basílica de São Pedro, o Dehoniano D. Mekkelhot, que nomeara para Palembang, Indonésia. Nomeou bispos ainda outros 3 dehonianos.
- Durante o Pontificado de Pio XII foram mortos 14 padres e 2 Irmãos coadjutores dehonianos, vítimas no campo de concentração e câmara de gás quer na Alemanha, Itália e Áustria, como pelos japoneses na Indonésia.
- Décimo Segundo Capítulo Geral SCJ, Bona 03-14/10/1947, foi reeleito Pe. Guilherme Govaart.
- Décimo Terceiro Capítulo Geral SCJ, Roma 07-25/01/1954, foi eleito P. Afonso Lellig, quarto Superior Geral.