4ª feira – XXXIV Semana comum
Sabemos que Deus fala através de palavras, gestos, ações, anjos, pessoas, de
fenómenos, de coisas, da história e até do silêncio.
Jesus falava através das parábolas, dos lírios do campo e das aves do céu,
da sementes de mostarda, trigo ou joio…
E fala também através de grafitis? (Desenho, inscrição, assinatura ou afim,
feito geralmente com tinta de spray, em muros, paredes e outras superfícies
urbanas)
Claro que sim.
Hoje na primeira leitura Deus fala através de grafitis:
Mené, téquel, parsin – palavras aramaicas escritas na parede do palácio do
rei dos Caldeus, Baltasar.
Esses grafitis querem dizer – contado, pesado, dividido.
Traduzindo isso em símbolos ou objetos, Deus fala através da calculadora,
de balança e de faca.
Ainda hoje Deus apresenta-nos essas palavras ou objetos, não para nos
avaliar, mas para que nos avaliemos a nós mesmos.
Vamos contar as nossas ações, boas ou menos boas, vamos pesar os
nossos créditos, vamos separar o mal do mal.
À margem:
Deus fala ainda através do assobio.
É verdade.
Há poucos dias lemos no Ofício de Leitura uma passagem do Profeta Ezequiel
que ponha na boa de Deus:
- Com um assobio os chamarei e reunirei, porque os libertei, e eles serão numerosos
como outrora – assim fala o Senhor. (Zac10,8)
Deus continua a nos chamar através de todos os meios, porque tudo e todos
nos podem levar até Ele.
Ver também:
O fim dos tempos e os tempos do fim

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