quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O Símbolo dos Apóstolos

O Símbolo dos Apóstolos, assim chamado porque se considera, com justa razão, o resumo fiel da fé dos Apóstolos.
Era preciso um resumo da pregação apostólica, para os fiéis poderem fixá-la facilmente. Desta necessidade nasceu o Símbolo dos Apóstolos. Porque símbolo dos Apóstolos? Porque foram eles que o compuseram, antes de se dispersarem pelo mundo.
Não só ele encerrava a doutrina dos apóstolos, mas também tinham sido estes os seus autores – cada qual pronunciando o seu artigo ou versículo. Correu há muito uma tradição secular e algo romanesca, acerca da origem do Símbolo dos Apóstolos.
Era a adaptação duma tradição que radicava nas Constituições Apostólicas do Pseudo-Clemente, por volta do Séc III.

- Creio em Deus Padre todo-poderoso, criador do céu e da terra – disse São Pedro.
- E em Jesus Cristo, filho unigénito de Deus – acrescentou Santo André, na opinião de alguns ou São João Evangelista, segundo outros.
- O qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem – assim falou São Tiago Zebedeu.
- Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos – tais foram as palavras de São Tiago Maior.
- Desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos – declarou o apóstolo São Tomé, ou então São Filipe, dizem outros.
- Subiu ao céu, onde está sentado à direita de Deus Padre todo-poderoso – afirmou São Bartolomeu.
- Donde há-de vir julgar os vivos e os mortos – ajuntou São Filipe.
- Creio no Espírito Santo – Exclamou São Bartolomeu.
- Creio na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos – assim trovejou São Mateus.
- Na remissão dos pecados – disse Simão Cananeu.
- Na ressurreição da carne – tal foi o artigo de Judas Tadeu.
- Na vida eterna, ámen – finalizou por sua vez o apostolo São Matias.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

lições da mostarda


3ª Feira - XXX Semana Comum

Lições do GRÃO DE MOSTARDA

- Ninguém nasce grande…

- Só crescemos a partir do nosso interior…

- Tamanho não é documento…



fonte da foto: eberlenzcesar.blog.br

Adivinha:
O que é que nasce grande e morre pequeno?

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Em dia de sábado

2ª feira - XXX semana comum
 
O facto de Jesus ter curado em dia de sábado e ter interpretado o Mandamento do sábado de uma forma misericordiosa colocou os judeus, seus contemporâneos perante duas hipóteses:
Ou Jesus é o Messias enviado por Deus e, portanto, o Senhor do sábado
Ou Ele é apenas um homem simples, cujo trato com o sábado constitui uma falta contra a lei.
Mas afinal Jesus não comete nenhuma falta contra a santidade deste dia. É cheio de compaixão que Cristo se autoriza em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus.
 
(Cf Catecismo da Igreja Católica, 2173)

domingo, 28 de outubro de 2012

Nova Evangelização

 
A nova evangelização diz respeito a toda a vida da Igreja, lembrou Bento XVI, na missa de encerramento da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (7-28 de outubro de 2012).
Três linhas pastorais emergiram deste Sínodo sobre A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã:


A primeira diz respeito aos Sacramentos da iniciação cristã.
Foi reafirmada a necessidade de acompanhar, com uma catequese adequada, a preparação para o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia; e reiterou-se também a importância da Penitência, sacramento da misericórdia de Deus. É através deste itinerário sacramental que passa o chamamento do Senhor à santidade, que é dirigido a todos os cristãos.

Em segundo lugar, a nova evangelização está essencialmente ligada à missão ad gentes.
A Igreja tem o dever de evangelizar, de anunciar a mensagem da salvação aos homens que ainda não conhecem Jesus Cristo. A globalização provocou um notável deslocamento de populações, pelo que se impõe a necessidade do primeiro anúncio também nos países de antiga evangelização. Todos os homens têm o direito de conhecer Jesus Cristo e o seu Evangelho

Um terceiro aspeto diz respeito às pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo.
Em várias partes do mundo, a Igreja já encetou este caminho de criatividade pastoral para se aproximar das pessoas afastadas ou à procura do sentido da vida, da felicidade e, em última instância, de Deus. Recordamos algumas missões urbanas importantes, o «Átrio dos Gentios», a missão continental, etc..
 
 

 

Bartimeu

Ano B - XXX Domingo Comum
 
A)
Cada página do Evangelho é um espelho na qual nos podemos contemplar.
A página da cura de Bartimeu apresenta-nos 3 visões, consoante os 3 tipos de pessoas que ali aparecem:
O povo, o cego e Jesus.
 
1. O povo (os discípulos e a multidão)
Estes vão em frente sem saber para onde, nem que estão a fazer. É uma espécie de Maria Vai com as Outras. Não conhecem bem quem estão a seguir. Apesar de terem os olhos abertos ao veem, nem o Messias que é Jesus nem o cego que está à margem da estrada, isto é, são mais cegos que Bartimeu, pois não querem ver. Por fim, ainda são capazes de mandar calar os outros… Mas ao fim e ao cabo é capaz de fazer aquilo que Jesus lhes manda e de aplaudir, glorificando a Deus.
 
2. O cego Bartimeu
Ele não era cego de nascença, mas perdeu a vista: é o homem que perdeu a luz e está ciente disso, mas não perdeu a esperança e sabe agarrar a possibilidade desse encontro com Jesus e confia-se a ele para ser curado exteriormente, pois a proximidade já o curara interiormente. Bartimeu é a imagem do homem que reconhece o seu mal e grita ao Senhor com esperança. É tal e qual nós quando deixamos de ver o sentido da vida ou de Deus, mas não nos contentamos com isso.
 
3. Jesus
É alguém que avança, que está sempre em ação. Passa, escuta, vê, chama, liberta. É alguém que por onde passa acende uma luz, isto é, ilumina as pessoas. É alguém que quer saber o que os outros querem, para que queira o mesmo que Ele.
 
Conclusão
O povo e o cego são parecidos connosco. Nós devemos ser parecidos com Jesus.
 
B)
Santo Agostinho observa um particular acerca da figura de Bartimeu, que pode ser interessante e significativo também hoje para nós. Ele reflete sobre o facto de Marcos referir, neste caso, não só o nome da pessoa que é curada, mas também de seu pai, e chega à conclusão de que «Bartimeu, filho de Timeu, era um personagem decaído duma situação de grande prosperidade, e a sua condição de miséria devia ser universalmente conhecida e de domínio público, enquanto não era apenas cego, mas um mendigo que estava sentado na berma da estrada.
Esta interpretação de Bartimeu como pessoa decaída duma condição de «grande prosperidade» é sugestiva, convidando-nos a refletir sobre o facto que há riquezas preciosas na nossa vida que podemos perder e que não são materiais. Nesta perspetiva, Bartimeu poderia representar aqueles que vivem em regiões de antiga evangelização, onde a luz da fé se debilitou, e se afastaram de Deus, deixando de O considerarem relevante na própria vida: são pessoas que deste modo perderam uma grande riqueza, «decaíram» duma alta dignidade – não económica ou de poder terreno, mas a dignidade cristã –, perderam a orientação segura e firme da vida e tornaram-se, muitas vezes inconscientemente, mendigos do sentido da existência.
 

 

 

sábado, 27 de outubro de 2012

Profissão de fé

Símbolo é uma definição abreviada, formulário ou síntese da fé. É conhecido como símbolo dos Apóstolos, pois nele são declaradas as mesmas verdades da fé comuns a todos os apóstolos. Há três textos diferentes para professar essa mesma fé cristã:
 
1º - O Credo Batismal ou o Símbolo Dialogado
É a mais antiga profissão de fé nascida da liturgia batismal, que se faz sob a forma de pergunta/resposta, que permite proclamar, por um lado a renúncia ao mal, e, por outro lado, a profissão de fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Esta forma, muito litúrgica, porque estava ligada à tripla imersão no batismo, é a mais simples. Para além do batismo é também aconselhada na liturgia da Vigília Pascal.
 
- Renunciais a Satanás?
                - Sim, renuncio.
- E a todas as suas obras?
                - Sim, renuncio.
- E a todas as suas seduções?
                - Sim, renuncio.
- Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?
                - Sim, creio.
- Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?
                - Sim, creio.
- Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna?
                - Sim, creio.
 
2º - O Símbolo dos Apóstolos ou o Credo Breve
O nome desta fórmula nasce de uma lenda que atribuía aos Apóstolos a autoria do texto. Este Símbolo é considerado a «regra da fé, breve e grande» (Santo Agostinho): breve pelo número das palavras, grande pelo alcance capaz de evocar em poucas palavras a totalidade da fé cristã. É usado sobretudo na oração pessoal e na catequese.
 
Creio em Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo;
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna. Ámen.
 
3º - O Grande Credo ou Símbolo Niceno-Constantinopolitano
Este texto não foi escrito, inicialmente, para uso na liturgia; resultou de discussões teológicas complicadas. O nome deste símbolo está relacionado com o Primeiro Concílio de Niceia (no ano 325) e com o Primeiro Concílio de Constantinopla (no ano 381), onde foi feita uma revisão do texto anterior. Este «Credo» possui uma tríplice estrutura: a primeira estrutura é trinitária (Deus é confessado como único, mas também como comunhão de três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo), a segunda estrutura é narrativa (conta a História da Salvação); a terceira estrutura é enunciativa (não se refere apenas ao conteúdo da fé, mas também aos sujeitos que dele se apropriam, para o viver e testemunhar).
 
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos.
e a vida do mundo que há de vir. Ámen.
 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ladainha da fé


Ladainha

 
A porta da fé – Abri-nos, Senhor!
No caminho da fé – Orientai-nos, Senhor!
Nas consequências da fé – Firmai-nos, Senhor!
Os conteúdos da fé – Esclarecei-nos, Senhor!
Da crise da fé – Livrai-nos, Senhor!
No ano da fé – Abençoai-nos, Senhor!
Com a força da fé – Sustentai-nos, Senhor!
A beleza da fé – Conservai-nos, Senhor!
Na transmissão da fé – Confortai-nos, Senhor!
Na redescoberta da fé – Dirigi-nos, Senhor!
Na profissão da fé – Fortalecei-nos, Senhor!
A consciência da fé – Purificai-nos, Senhor!
A busca da fé – Reavivai, Senhor!
O dom da fé – Concedei-nos, Senhor!
Na celebração da fé – Congregai-nos, Senhor!
Como sujeito da fé – Revelai-Vos, Senhor!
No conhecimento da fé – Confirmai-nos, Senhor!
Como preâmbulo da fé – Manifestai-nos, Senhor!
No ensino da fé – Assisti-nos, Senhor!
A vida da fé – Fazei crescer, Senhor!
O apoio da fé – Consolidai, Senhor!
Na história da fé – Rejuvenescei-nos, Senhor!
Como autor da fé – Guardai-nos, Senhor!
Como consumador da fé – Socorrei-nos, Senhor!
Os exemplos da fé – Conservai-nos, Senhor!
As obras da fé – Aperfeiçoai, Senhor!
Na procura da fé – Acompanhai-nos, Senhor!
Na meta da fé – Amparai-nos, Senhor!

A partir das expressões patentes na Carta Apostólica sob forma de motu próprio PORTA FIDEI, de Bento XVI, de 11 de outubro de 2011, com a qual proclamou o ANO DA FÉ. As expressões estão pela ordem em que surgem no texto.
 

 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Estar preparado


3ª Feira - XXIX Semana comum
 
Felizes os servos que o senhor ao chegar encontrar vigilantes.
 
Isto que quer dizer?
 
Simplesmente que a melhor maneira de preparar o futuro é viver bem o tempo presente.
 
Ou então, quem vai ao mar, avia-se em terra.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

João Paulo II Santo

Mensagem do Beato João Paulo II no dia da sua memória litúrgica:
 
É necessário que o heroico se torne quotidiano e o quotidiano heroico. (Papa João Paulo II, Nurcia, 23 de Março de 1980)

domingo, 21 de outubro de 2012

Missões, direito e dever


Dia mundial das missões
 
As missões não são a meta final da Igreja, mas sim a adoração a Deus.
As missões existem porque a adoração de todos os povos ainda não existe.
Em vez de querer ter mais cristãos, devemos querer ter melhores cristãos…
Se cada um for melhor cristão, à sua volta irão surgir mais cristãos… e todos serão melhores cristãos.
As missões são um direito dos povos e um dever de cada cristão.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Não temais

6ª feira - XVIII Semana Comum


Não temais, pois valeis mais que todos os passarinhos.
A expressão NÃO TEMAIS, aparece 365 vezes na Bíblia, uma vez para cada dia do ano.
Há que recordar sempre porque há que temer sempre…
Deus não se cansa de nos sossegar, porque nós nunca nos cansamos de mostrar falta de confiança.
 
EFEMÉRIDE
Faz hoje 96 anos que a Irmã Wilson foi a sepultar.
No convento de São Bernardino, em Câmara de Lobos, aonde havia poucos dias que chegara, foi deitar-se na noite de 17 de outubro. Despediu-se da irmã que a ajudara a acomodar-se:
- Obrigado, Irmã. Peço que amanhã venha acordar-me cedo para eu ir rezar com a comunidade.
Durante a noite foi Deus quem a foi acordar para a receber na comunidade dos santos no céu.
As suas últimas palavras pronunciadas na terra são o resumo de toda a sua vida: Estar sempre desperta para, em comunidade, louvar o Senhor!
 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Inácio de Antioquia

Um homem, dois nomes, muitas obras
 
Inácio de Antioquia viveu no segundo século na Síria e chegou a conhecer os apóstolos Pedro e Paulo. Pedro foi o primeiro bispo de Antioquia, sucedendo-lhe Evódio e em seguida Inácio.
 
O seu nome Inácio deriva de Ignis, isto é, fogo. Este nome faz jus às expressões de intenso amor a Cristo.
Gostava também de ser chamado Teóforo, isto é, aquele que leva ou traz Deus.
 
Muitas obras em favor da propagação da fé em Cristo, da unidade da Igreja, na comunhão de irmãos, da fidelidade e do testemunho até ao martírio em Roma.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Santa Margarida Maria

No dia da Memória Litúrgica da grande Santa do Coração de Jesus, partilhamos as suas revelações para nos ajudarem a viver cada vez melhor o Evangelho de sempre.
As 12 Promessas do Senhor a S. Margarida Maria
1. Darei às almas dedicadas ao meu coração todas as graças necessárias ao seu estado. «Sem mim, nada podeis fazer.» (Jo 15, 5)
2. Farei reinar a paz nas suas famílias. «Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz.» (Jo 14, 27)
3. Eu os consolarei nas suas penas. «Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei.» (Mt 11, 28)
4. Serei o seu refúgio seguro durante a vida e, sobretudo, na hora da morte. «Levar-vos-ei para junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também.» (Jo14, 3)
5. Derramarei copiosas bênçãos. «O Pai, nos altos dos céus, nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo.» (Ef 1, 3)
6. Os pecadores acharão no meu coração a fonte e o oceano infinito da misericórdia.  «Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.» (Mt 9, 13)
7. As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas. «Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.» (Jo 10, 10)
8. As almas fervorosas elevar-se-ão rapidamente a uma grande perfeição. «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.» (Mt 5, 48)
9. Abençoarei a casa em que se achar exposta e for venerada a imagem do meu Coração. «Hoje veio a salvação a esta casa.» (Lc 19, 9)
10. Darei aos sacerdotes o dom de tocar os corações mais endurecidos. «Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios.» (Mt 10, 8)
11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes escritos indelevelmente no meu Coração. «Não apagarei o seu nome do livro da Vida, mas o darei a conhecer diante do meu Pai e dos seus anjos.» (Ap 3,5)
12. O amor todo-poderoso do meu Coração concederá a graça da perseverança final a todos os que comungarem na primeira sexta-feira de cada mês, por nove meses consecutivos. «Eu sou o pão vivo que desceu do céu, se alguém comer deste pão viverá eternamente.» (Jo 6, 51)
Este texto das promessas resume aquilo que escreveu Santa Margarida Maria durante toda a sua vida. Mas nada de novo! Tudo o que ele recebeu já tinha sido anunciado no Evangelho. Foi mais uma maneira de fazer ecoar a mensagem de sempre do Evangelho.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Teresa de Ávila

 
A) Ensinamentos
De Jesus se quis chamar porque “Jesus é todo o nosso bem”, dizia.
Ela queria que os seus conventos fossem “colégios de Cristo, onde todas hão de ser amigas, todas se hão de amar, todas se hão de querer, todas se hão de ajudar, e todas ocupadas na oração pelos defensores da Igreja”.
Teresa dizia: “minhas filhas, este é o castigo que o Senhor envia à terra, levando os santos que há nela.”
 
B) Exemplos
“Conta-se que Teresa de Ávila se preparava certa ocasião para viajar, quando uma religiosa lhe perguntou onde ia.
- Vou fundar um novo convento.
- Com que recursos, Madre?
- Tenho dez mil pesetas!
- Que poderá fazer com isso? É muito pouco!
- Sim, tem razão. Teresa e dez mil pesetas é muito pouco! Mas Deus, Teresa e dez mil pesetas é tudo.”
Outro fato exprime bem a sua união a Nosso Senhor:
“Um dia Teresa de Jesus encontrou no claustro uma criança de uma beleza maravilhosa, ela perguntou-lhe o seu nome.
- Dizei-me primeiro o vosso, respondeu o menino.
- Eu chamo-me, disse a santa, Teresa de Jesus.
- E eu, disse o menino, eu sou o Jesus de Teresa.”

 
C) Conclusão
Bossuet dizia de Santa Teresa de Ávila:
“A maior mulher da humanidade depois da Virgem Santíssima.”
 

domingo, 14 de outubro de 2012

Nem pobres nem ricos

 Ano B – XXVIII Domingo Comum
 
a) Jesus diz: é difícil um rico entrar no Reino de Deus” mas quer dizer: “É difícil Deus entrar no Coração de um rico”
Um Coração rico é enfatuado, cheio, ocupado, onde não há espaço para mais.
Um coração rico de vaidades, de ilusões, de poderes, de orgulho, de preocupações, de oiro ou outras posses.
Quão difícil é Deus entrar num coração desses, pois não o deixam.
Aliviemos o nosso coração para que Deus possa encontrar aí um lugar e assim um dia também entrarmos na sua morada eterna.
 
b) Então se Deus não nos quer dar riquezas, só nos quer dar pobrezas e misérias?
Nada disso. O livro dos Provérbios diz: Não peço que Deus me dê nem riqueza nem pobreza, mas apenas o necessário para viver cada dia; pois se me der pobreza, talvez corra o risco de roubar ou enganar alguém e se me der riqueza talvez fique com a tentação de querer dispensar e esquecer a Deus…
Então que me dê o necessário: O pão de cada dia… O necessário para viver na dignidade dos filhos de Deus.
Deus não nos quer nem pobres nem ricos, mas sim felizes e santos.

 
c) Qual é então o lugar das riquezas?
Devem ser passageiras... passar pelas nossas mãos, distribuídas, partilhadas:
As riquezas são-nos dadas para aprendermos a ser caridosos.
“Pela estrada santa Catarina de Sena encontrou uma pobre que lhe pediu esmola. Não tendo nada para dar-lhe, deixou-lhe o seu manto negro e o seu véu branco de domincana. A madre superiora que a acompanhava ficou escandalizada por essa atitude  e repreendeu-a severamente:
- Onde é que já se viu uma freira sem compostura na praça pública. Que escândalo!
- Fique sossegada minha madre, é melhor uma freira sem manto do que uma freira sem caridade!"
Assim nós podemos dizer o mesmo.
Mais vale um padre sem camisa do que um padre sem caridade; mais vale um cristão sem sapatos do que um cristão sem caridade.
 

 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Abertura

Abertura do Ano da Fé

 O Concílio não acabou. Acabou ou não?
Iniciado a 11 de outubro de 1962 com o Papa João XXIII, concluiu os seus trabalhos no dia da Imaculada de 1965, no pontificado de Paulo VI.
O Concílio acabou os seus trabalhos, mas não acabou a influência que deve ter na Igreja.
Porque o Vaticano II continua a ter importância para a Igreja e para o mundo, porque é necessário que ele continue a ser vivido.
É por isso que o Papa Bento XVI declarou a celebração de um Ano da Fé, a partir de hoje até 24 de novembro de 2013, solenidade de Cristo Rei.

Discurso da Lua


A) Festa Litúrgica do Beato João XXIII
Angelo Roncalli foi eleito Papa a 28 de outubro de 1958 e tomou o nome de João XXIII. Perante os cardeais justificou assim esta escolha do nome:
“Escolho João… um nome doce para nós, pois é o nome do nosso pai; querido para mim, porque é o nome da humilde igreja paroquial onde fui batizado; o nome solene de inúmeras catedrais espalhadas pelo mundo, incluindo a nossa basílica de Roma. Vinte e dois Joões já tivemos como papas e quase todos tiveram um breve pontificado. Nós preferimos esconder a pequenez do nosso nome por detrás desta magnífica sucessão de papas romanos.

B) 50 Anos da abertura do Concílio
Em 1962 foi o dia da abertura do Concílio Vaticano II
Um dos discursos mais célebres do Papa João XXIII é o conhecido Discurso da Lua. Na noite de 11 de outubro de 1962, dia da abertura do Concílio Vaticano II, a Praça de São Pedro estava cheia de fiéis. A multidão queria saudar o Papa e este partilhou a sua satisfação pela abertura da primeira sessão do Concílio que contava com a participação de 2540 prelados de todo o mundo, de várias centenas de peritos ou consultores teológicos e de várias dezenas de observadores ortodoxos e protestantes. Embora tivesse há pouco tempo conhecimento que tinha um cancro no estômago, João XXIII fez questão de dirigir as celebrações, sem que ninguém notasse essa debilidade. Nessa noite saudou assim os fiéis:
 
“Caros filhinhos, oiço as vossas vozes. A minha é apenas uma, mas condensa a voz do mundo inteiro. Todo o mundo está aqui representado. Parece que até a lua antecipou-se esta noite – observai-a no alto – para contemplar este espetáculo. É que encerramos uma grande jornada de paz. Sim, de paz: Glória a Deus e paz aos homens de boa vontade.
A minha pessoa não conta para nada, quem vos fala é um irmão, que se tornou pai por vontade de Nosso Senhor, mas tudo junto – paternidade e fraternidade – é graça de Deus, tudo, tudo. Continuemos, pois, a amar-nos, a querer-nos bem, a querer-nos bem; olhando-nos mutuamente no encontro, recolhendo aquilo que nos une, deixando de lado qualquer coisa que nos possa criar dificuldade: nada. Fratres sumus.
Esta manhã aconteceu um espetáculo que nem a basílica de São Pedro, que tem quatro séculos de história, alguma vez pôde contemplar.
Honremos as impressões desta noite. Que os nossos sentimentos permaneçam sempre como agora os manifestamos diante do Céu e da terra. Fé, esperança, caridade, amor de Deus, amor de irmãos. E assim, todos juntos, mutuamente apoiados, na santa paz do Senhor, nas obras do bem.
Quando regressardes a casa, encontrareis os vossos meninos. Fazei uma carícia às vossas crianças e dizei: «esta é a carícia do Papa». Encontrareis algumas lágrimas por enxugar, fazei alguma coisa… dizei uma boa palavra: «o Papa está connosco, especialmente nas horas de tristeza e de amargura».
E assim, todos juntos, animemo-nos, cantando, suspirando, chorando mas sempre, sempre cheios de confiança em Cristo que nos ajuda e nos escuta, para avançarmos e retomarmos o nosso caminho.
E, agora, tende a gentileza de atender à bênção que vos dou e também à boa-noite que me permito desejar-vos.”

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quem é o meu próximo


2ª Feira - XXVII Semana Comum
 
Vai e faz o mesmo, isto é, ama o teu próximo
- Quem é o próximo?
- O que usou de compaixão para com ele.
- Então ama quem usa de compaixão para contigo…
Próximo não é o que precisa da tua ajuda, mas aquele de quem tu precisas de ajuda.
Próximo não é aquele de quem tens de de ter compaixão, mas quele que tem compaixão de ti.
Ama o teu próximo, ama quem te ajudou, ama quem usou de misericórdia para contigo.
E sê próximo de alguém, isto é, tem misericórdia de alguém, ajuda alguém e serás amado por isso.
 

domingo, 7 de outubro de 2012

Dureza do coração

 
Ano B - XXVII Domingo Comum
 
1. Bênção de Deus
Um casal estava a celebrar as suas bodas de ouro matrimoniais.
O homem queria oferecer um presente à sua mulher mas não tinha dinheiro nenhum.
Que poderia oferecer? Pensou e decidiu em segredo vender o seu cachimbo para pode comprar um pente como prende do aniversário de casamento, para assim ela poder pentear o seu lindo e cumprido cabelo. Assim fez, já que há muito tempo ponha apenas o cachimbo na boca, mas sem tabaco pois não havia dinheiro para isso.
Ao chegar a casa entregou o embrulho do presente à sua mulher e dela recebeu também um presente.
Ela abriu e viu um pente novo… então retirou o lenço que tinha na cabeça…. Ela tinha cortado o cabelo rente e vendido para comprar um presente para o seu marido – tabaco do melhor para o cachimbo…
Abraçaram-se cheios de ternura… afinal o amor era a sua única riqueza.
Eram pobres em tudo, mas ricos em amor.

2. Desvalorização da aliança
Karol Wojtyla, em 1960, já bispo, futuro Papa João Paulo II, hoje beatificado, publicou um texto de teatro intitulado “A loja do Ourives”.  É a história de alguns casais nos seus encontros, desencontros e reencontros.
Numa cena, uma mulher em vias de separação do marido, vai até ao ourives para vender a sua aliança matrimonial. O ourives põe a aliança sobre a balança e abana a cabeça dizendo:
- Esta aliança não vale grande coisa… Não posso ficar com ela.
- Como assim? É ouro maciço… quanto me dá por esta aliança?
- É que esta balança pesa as alianças, não pelo ouro de que são feitas, mas pelo amor que têm…
O que valoriza uma aliança, um casamento, uma relação é o amor…
A dureza de coração é a única coisa capaz de desvalorizar uma aliança de ouro…

3. Dureza de coração
É uma tentação não só para os casais, mas para todas as circunstâncias da vida... Com o tempo o nosso coração devia ficar cada vez mais maleável, mais macio, mais adaptado ao outro.
É por isso que sempre digo aos casais no dia do seu casamento:
- Que nem marido nem mulher tenha saudades deste dia.
É grande o amor um pelo outro que os fez chegar ali, mas amanhã, depois e cada dia o amor será ainda maior. Hoje mais do que ontem e amanhã ainda melhor que hoje. O amor tem de crescer, o coração tem de amadurecer e não endurecer.
É por isso que não é preciso ter saudades dos inícios, ou do dia de ontem porque hoje amanhã tudo será mais rico e mais crescido.

Apêndice
Jesus instruía aos adultos e fazia festas às crianças.
Nós hoje temos a tentação de fazer o oposto: procuramos instruir as crianças (catequese) e fazer festas (arraiais) aos adultos.
Que a nossa vida seja feita de uma e de outra realidade: que saibamos deixar-nos instruir ao mesmo tempo festejar e deixar-nos abençoar ou acariciar por Deus.