Memória de santa Escolástica, Virgem
Irmã gémea de São Bento
Como era costume todos os anos, Escolástica foi
encontrar-se com o seu irmão Bento, precisamente a meio caminho entre os dois mosteiros. Naquele
dia cantaram louvores, tiveram longas conversas sobre a fé e passaram o dia
felizes.
Como já era noite, Escolástica pediu a Bento que
ficasse para continuar a falar das maravilhas de Deus até de manhã. O santo
repreendeu a irmã, dizendo-lhe que não podia ficar fora do convento.
Então, a santa começou a rezar a Deus tão
profundamente que começou uma tempestade torrencial que parecia um dilúvio. Bento
e seus discípulos não puderam ir embora.
Diante da reclamação do irmão, a santa respondeu:
- Eu pedi-te, e não quiseste ouvir; eu roguei a Deus,
Ele ouviu.
De facto, quem mais reza, mais pode.
O santo não teve escolha a não ser ficar e ambos
continuaram a conversar toda a noite sobre as grandezas do Senhor, sentindo uma
alegria espiritual transbordante.
Segundo uma tradição, três dias depois, são Bento
olhou para o céu e viu a alma de sua irmã sair do corpo em forma de pomba e
entrar no paraíso. É por isso que Santa Escolástica é representada com uma pomba.
Ele imediatamente começou a cantar canções de alegria
a Deus e pediu a seus discípulos que trouxessem o corpo da sua irmã. O santo
enterrou no sepulcro que ele havia feito para si. Ele morreu 40 dias depois.
Foram gémeos no nascimento, na vida, na santidade e na morte – irmãos gémeos e
almas gémeas.
À margem:
Santa Escolástica, irmã gémea de São Bento. Os dois
partilharam o seio materno, o berço, a família, a vida, a consagração, a
sepultura, a santidade e a eternidade.
O seu nome faz jus à escola, lugar onde se ensina e se
aprende, onde nos tornamos sábios.
Santa Escolástica fez da sua vida uma escola.
Na terra aprendeu na escola da vida.
Agora no céu ensina-nos na escola da santidade.
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