4ª
feira – I semana comum
Jesus
foi a casa da sogra de Pedro.
De
facto, a casa não era de Pedro, mas da mãe da sua mulher, visto que Pedro era
de Betsaida e foi com André, seu irmão, viver com a família para a casa da sua
sogra em Cafarnaum.
Podemos
contemplar este episódio sob 2 pontos de vista diferentes.
1º
- As curas que precisamos
Em
todos os momentos da jornada desta página do Evangelho se operam curas
consoante as dimensões ou situações existenciais do ser humano.
-
Começa com a cura comunitária, em dia de sábado, na sinagoga. Ficou
assim curada a alma comunitária, religiosa ou piedosa.
-
Depois vem a cura familiar, na figura da sogra de Pedro. De facto, o bem
deve começar por casa, em ambiente de intimidade.
-
Logo depois sucederam-se as curas individuais da cidade inteira. Não
basta ficar em casa, num círculo fechado, ou na sinagoga num ambiente
prosélito. É preciso sair ao encontro de quem precisa, seja de que família ou
grupo for.
- Temos ainda a cura da alma. Jesus dá o exemplo de se retirar a sós com o Pai numa espécie de reforça de interioridade. Ensina-nos assim a não descurar a cura da nossa interioridade.
- Temos finalmente a cura plena. A cura de alguns tem de ser tornar missionária. Se os outros não são também curados, a minha cura não é total.
2º
- Os lugares das nossas curas
Temos
neste trecho do Evangelho de hoje 5 lugares ou espaços que correspondem a 5 relações ou a 5 atividades distintas, que resumem as dimensões essenciais de
uma pessoa:
- A
sinagoga – o espaço comunitário, de transcendência, de piedade, celebrativo,
religioso. Tudo começa por aqui como pessoa em relação com Deus e com a
comunidade.
- A
casa familiar – da porta para dentro – o lugar de intimidade e de
proximidade. O bem começa por casa, onde cuidamos uns dos outros, onde o
serviço é de todos para todos.
- A
rua – da porta para fora. À porta da casa vieram todos os doentes e
necessitados. É o espaço da pastoral. Precisamos de dar atenção aos
companheiros ou ao rebanho ao qual todos pertencemos.
- O
descampado – o lugar ermo. É o espaço que facilita a interioridade,
o silêncio ou a contemplação. Precisamos deste espaço de deserto e de contacto
com a natureza (criação) para nos encontrarmos connosco mesmos e com o nosso
Pai através da oração.
- Todo o mundo - o mundo todo. 'Vamos a outros lugares, a fim de curar aí também... e foi por toda a Galileia.' Todo o mundo é o nosso espaço missionário.
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também:
1 comentário:
Quanto à cura da Sogra de Pedro não sei o que aconteceu.
Não sei se ela começou a servir porque a febre deixou-a ou se a febre desapareceu porque ela começou a servir.
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