sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Ao ver a fé daquela gente


6ª feira – I semana comum

 

Ao ver a fé daquela gente… Jesus curou o paralítico.

A fé não é para ser dita ou falada.

Não é para ser ouvida ou escutada.

Nem para ser escrita ou guardada.

 

A fé é para ser vista.

De facto Jesus viu a fé daquela gente.

A fé abre os olhos, entra pelos olhos dentro.

A fé é tão evidente que deve ser vista.

A fé é tão concreta que pode ser tocada.

A fé é tão real que se torna carne, vida, presença.

 

Pregação visual

Um dia, saindo do convento, Francisco de Assis encontrou Frei Junípero.

Era um frade simples e bom. Francisco disse-lhe:

- Frei Junípero, vem comigo. Vamos à cidade pregar.

O frade respondeu envergonhado:

- Eu tenho pouca instrução. Como posso falar às pessoas?

Mas Francisco insistiu e foram os dois pelas ruas da cidade de Assis, em silêncio. Saudavam os trabalhadores dos campos e das oficinas, sorriam às crianças e sobretudo aos pobres. Eram carinhosos e respeitosos com os animais. Sentavam-se em silêncio junto aos idosos. Ajudaram uma mulher a carregar a bilha de água. Cuidaram de um leproso abandonado.

Passado bastante tempo, quando já se fazia tarde, Francisco disse:

- Frei Junípero, são horas de regressar ao convento.

- E a nossa pregação? – Perguntou o frade.

O santo, sorrindo, disse:

- Já a fizemos.

 

A melhor pregação não é aquilo que as pessoas ouvem, mas aquilo que as pessoas veem.

Se a fé tem de ser vista, então a pregação tem de ser visual, com ações concretas, com o exemplo da vida.

Uma fé vista é uma fé vivida.

Uma fé vivida é uma fé vista.

 

Ver também:

Eu sou muitos

 

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