quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Pintando os santos do dia


Memória dos Santos Timóteo e Tito, bispos,

colaboradores de São Paulo,

a quem Paulo lhes escreveu 3 das suas 13 epístolas,

chamadas de Pastorais – 1 Tm; 2 Tm; Tt

Se eu fosse artista, pintaria um quadro com os santos celebrados hoje – os santos Timóteo e Tito.

Mas não apresentaria apenas duas figuras, mas três, mesmo contrariando a página do Evangelho na qual Jesus enviou dois a dois.

Juntaria a estes a figura de São Paulo, pois são considerados seus colaboradores e amigos no ministério e dedicação. (A figura de Jesus não precisaria de ser pintada, pois cada um já a tem bem gravada no seu coração).


Ficaria assim a minha pintura

- 3 pastores com idades diferentes – um jovem à esquerda (Timóteo), um maduro ao centro (Paulo) e um ancião à direita (Tito).

- Estão juntos para nos recordar a capacidade de unir harmoniosamente a criatividade do Jovem, a força do maduro e a experiência do ancião.

- Assim dispostos apresentam a vontade do jovem, a sabedoria de Paulo e a memória ou a história de Tito.

- Cada um deles dirige o seu olhar consoante a sua idade e a sua vivência – O jovem olha para a frente (futuro), o maduro olha para o alto (presente que é dom de Deus) e o ancião tem os olhos quase encerrados (olhar interior).

- Um está vestido de verde (esperança da juventude), outro de vermelho da caridade que dá frutos abundantes (coração que está no centro) e o ancião veste-se de branco (não apenas para condizer com as suas barbas brancas, mas para indicar a luz da fé).

- Um segura uma âncora da esperança, outro um coração da caridade e o terceiro uma cruz da fé.

- O jovem sem barba (Timóteo), o do meio com barba, mas cabeça rapada (conforme voto de Paulo) e o terceiro com largas entradas na cabeça e longas barbas (Tito).

- O jovem está com uma túnica mais comprida à frente do que atrás (peito inchado, desafiando o futuro), o do meio tem a túnica de igual altura quer à frente quer atrás (sinal de ponderação, equilíbrio e sinceridade) e o terceiro tem a túnica mais comprida atrás do que à frente (porque já meio curvado pelo peso da idade e da humildade).


E podíamos continuar a pormenorizar cada personagem, consoante o exemplo da sua vida de apostolado e de santidade, salientando cada detalhe e especificidade.

Mas fiquemos por aqui porque a pintura tem de ser obra de toda a vida.

Afinal, nós não estamos a pintar as figuras da história. Estamos a pintar a nossa própria figura e a nossa história.

Que estes santos pastores nos ajudem a pautar e pintar a nossa vida segundo a cópia que eles nos deixaram de Cristo.

 

Ver também:

Não é colónia de férias

 

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