sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Confissão

Ano C - XXIV Domingo Comum

Acima da matemática, Deus ama-nos em todas as proporções: cem por um (a ovelha perdida), dez por um (a moeda perdida) e um por um (o filho pródigo). Das três, a mais comovente é a do filho pródigo.
O Pe. Zezinho, numa canção, apresenta este filho a confessar-se. É a parábola contada na primeira pessoa:

Eu tinha tanta fome de ir embora,
Para ver a vida como a vida era.
Para aquele teu conselho não liguei
E agora vejo quanto me enganei.

Peguei na minha herança e fui embora,
De todos os manjares eu provei.
Não houve nada que eu não fizesse lá fora
Mas nem por isso me realizei.

Dinheiro, amores, droga, malandragem,
Eu tinha tudo isso e muito mais.
Gastei a minha herança na viagem,
Comprei a vida, mas não tenho paz.

Eu vi a vida como a vida era
E vi que a vida às vezes dói demais.
Viver sem o teu amor é uma quimera;
Eu volto a ser filho para ter paz.

Aos poucos eu ensaio aquele abraço
Que um filho arrependido dá no pai.
Na hora em que voltar ao teu regaço
Juro que não saio nunca mais.

Manda-me um bilhete de regresso
Ou vem-me buscar, não ando bem.
Pensei que abandonar-te era progresso,
mas sem o teu amor não sou ninguém.

No coração de Deus há sempre festa, quando nos voltamos para Ele. Se queremos festa, é só voltar para Ele.

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