Domingo de Pentecostes
Por 5 vezes aparece a palavra LÍNGUA no episódio do Pentecostes nos Actos dos
Apóstolos:
Uma
espécie de línguas de fogo poisou sobre cada um
deles.
Cheios
do Espírito Santo começaram a falar outras línguas.
Cada
qual os ouvia falar na sua própria língua.
Como
é que os ouvimos na nossa própria língua?
Ouvimos
proclamar nas nossas línguas as maravilhas de
Deus.
O
Espírito Santo é a língua de Deus.
É a
comunicação, o idioma ou a linguagem divina.
O
aparecimento de línguas no dia do Pentecostes revela que receber o Espírito
Santo é compreender a língua de Deus e falar o idioma de Deus.
Deus
fala a nossa própria língua, nós ouvimo-lo na nossa própria língua, e somos
capazes de falar a própria língua de Deus.
É
essa língua que Jesus prometeu dar quando necessitarmos de defensores nas perseguições
e acusações.
É também
o Espírito que nos faz capazes de dizer: ABBA, Pai…
À
margem:
Segunda
a tradição este dom do Espírito Santo não nos permite calar, até quando nos
arrancam a língua.
Há
vários exemplos dessa realidade na tradição da Igreja:
- O
bispo Emerano de Regensburgo continuou a falar após ter-lhe sido cortada a
língua.
- Quando
o sepulcro de João Nepomuceno, que defendera os direitos da Igreja e o quiseram
calar, foi aberto depois de trezentos anos depois da sua morte, a sua língua
foi encontrada intacta.
- A língua
de Santo António também se mantém incorruptível, quando 32 anos após a sua
morte, abriram a sua sepultura para recolha de relíquias aquando da
canonização.
A língua
é uma das partes mais frágeis do corpo e das primeiras a decompor-se. A de
Santo António continua incorruptível ainda hoje.
Quando
ele pregava reuniam-se para ouvi-lo mais de 30 mil pessoas e todos escutavam,
entendiam como se lhes falasse para cada um em particular e nem sequer se ouvia
um sinal de clamor ou murmúrio. Porquê? Porque ele falava a língua de Deus.
Assim
pregava Santo António: “Quem está cheio do Espírito Santo fala várias línguas.
As várias línguas são os testemunhos de Cristo: a humildade, a pobreza, a
paciência e a obediência.”
Ver
também:
Sem comentários:
Enviar um comentário