quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Procurado pela polícia


Há 100 anos, por esses dias em Bruxelas, a polícia andou à procura do Pe. Dehon para o prender por ter socorrido desertores e foragidos procurados pelas autoridades, em plena II Guerra Mundial, mas o presumível responsável já estava longe… (Cf. NQ 41-42)

Depois de várias tentativas, finalmente o Pe. Dehon, com quase 75 anos de idade, conseguiu deixar o exílio de Bruxelas com destino a Roma. Foi o Papa Bento XV, seu grande amigo de longa data, que através dos meios diplomáticos lhe proporcionou tal preciosa oportunidade chamando-o ao Vaticano.
Partiu de comboio às 17H00 do dia 13 de dezembro de 1917. Passando pelo Luxemburgo, Estrasburgo e Friburgo, só chegou a Paris a 20 onde passou o Natal.
Depois de uma semana à espera de passaporte partiu de Paris para chegar a Roma na tarde do último dia do ano, a tempo de cantar o Te Deum.

A polícia procurou o Pe. Dehon como se ele fosse um criminoso… só por ter, supostamente, ajudado o próximo durante os tristes dias da guerra.
É caso para aplicar a expressão de um outro João, neste caso bem português, São João de Brito:
Quando a culpa é virtude, o padecer é glória!

As muralhas e as fronteiras não chegam ao céu… por isso o Pe. Dehon ajudou sem olhar a quem… O maior de todos é aquele que mais ajuda! É por isso que o fundador foi um grande homem e um homem grande.
Ele dizia: “Não haja divisões entre nós. Amemos todas as nações… Não haverá nações no céu.” (Cf. Souvenirs)

Aquando da sua primeira profissão, em 1878, o Pe. Dehon tinha acrescentado aos três conselhos evangélicos o seu voto de vítima. Este episódio vem provar uma vez mais que esse voto foi aceite por Deus…





















Pe. Dehon aos 75 anos, durante a II Guerra Mundial

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