sexta-feira, 11 de julho de 2014

As 3 brechas


São Bento apontou três brechas por onde o inimigo pode entrar no nosso coração. O combate espiritual acontece aí nesses lugares de maior fragilidade humana e espiritual. É nestas brechas que precisamos prestar maior vigilância.

Primeira brecha:  A COBIÇA
É a idolatria das coisas, por exemplo, fazer do dinheiro um deus. É o apego às coisas da terra.
São Bento coloca como símbolo desta brecha o porco, pois seu focinho está sempre ligado ao chão. Curioso observar no Evangelho que o filho pródigo, após ter gastado todos os seus bens, foi trabalhar no meio dos porcos.   
Nesta brecha a luta acontece na reorientação dos desejos. É preciso conquistar uma atitude de oblação, de generosidade, desapego.   É neste sentido que os religiosos fazem o voto de pobreza.  

Segunda brecha:  A VAIDADE
É a idolatria do outro como objeto de prazer. É a necessidade de ser reconhecido e amado distorcida, pois esquece da relação de fraternidade para com o próximo e pensa apenas em si mesmo. É fazer tudo só pelo interesse de ocupar o primeiro lugar, ser bem visto pelos outros, elogiado, ter estatuto, ser admirado. 
Aqui São Bento usa o símbolo do pavão.   É preciso reorientar esta necessidade natural e boa de ser reconhecido e amado.
Se na primeira brecha, a atitude de desapego era uma garantia de vitória, nesta segunda brecha é necessário perseguir a atitude da solidariedade, do diálogo, da comunhão com Deus e com próximo.
Para isso é fundamental a mansidão e a simplicidade.   É neste sentido, de reorientar todos os afetos para o serviço da comunhão, que os religiosos fazem voto de castidade.

Terceira brecha:  O ORGULHO
É querer dominar tudo para si. Ser um verdadeiro deus. É a idolatria de “si mesmo”.
Aqui São Bento ilustra com o símbolo da águia. O orgulho é a origem de todos os pecados. É pelo orgulho que o homem se separa de Deus e procura a sua independência.   
É necessário perseguir a virtude da humildade. Na luta espiritual, às vezes Deus nos dá a graça da humilhação como uma espécie de exercício para crescermos na humildade e vencermos a brecha do orgulho. Neste sentido os religiosos fazem o voto de obediência.


CF. Blog do Padre Joãozinho, SCJ

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