domingo, 24 de outubro de 2010

O fariseu e o publicano


Ano C - XXX Domingo Comum

"Foram dois homens ao templo a orar, diz Cristo, um fariseu e outro publicano.
O que se chegou muito perto do altar e de Deus ficou a sua oração muito longe, porque foi reprovada, e o que se pôs muito longe: Stans a longe - chegou a sua oração muito perto de Deus, porque foi aceita. Ele longe por respeito, e a sua oração perto por agrado; ele longe por reverência, e ela perto por aceitação." (Pe. António Vieira, Sermão de Maria Rosa Mísitca, I)


1. Não basta rezar sempre, é preciso rezar bem.
O que é necessário para rezar bem:
- é preciso humildade… saber reconhecer-se pecador, simples, pobre. A oração do pobre ultrapassa as nuvens; o publicano rezava de longe… Foi a maior oração, a oração mais longa ou comprida, pois do fundo do templo até ao altar enquanto a do fariseu foi curta pois estava perto do altar. Rezar bem é rezar com humildade.
- é preciso esvaziar-se do orgulho. Não se pode encher um copo já cheio. É preciso esvaziá-lo primeiro. O fariseu já estava cheio de si mesmo, do seu orgulho de tudo o que fazia, de modo que já não havia lugar para Deus. Não basta pela oração entrar na intimidade com Deus. É preciso deixar espaço para que Deus entre no nosso coração.

2. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será humilhado.
A humildade é entre as virtudes o que a corrente é para as contas do rosário. Rebenta-se a corrente e todas as contas caem. Tire-se a humildade e todas as virtudes desaparecem. Posso ser generoso, mas se não for humilde a minha caridade será oca. Posso ser inteligente, mas se me tornar orgulhoso, serei o mais desprezível… a humildade todos valoriza e enobrece tudo.

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