6ª feira – II semana da Páscoa
O rapazinho que obrigou Jesus a fazer um milagre.
Passou-se em El Salvador.
Proclamado o episódio da multiplicação dos pães, o
padre apelou à partilha da palavra.
Um camponês começou a dizer:
- Esta leitura do evangelho diz-me que o rapazinho que
tinha os pães e os peixes obrigou Jesus a fazer o milagre.
O missionário apressou-se logo a corrigir.
- Ninguém pode obrigar Jesus a fazer fosse o que
fosse. Ele era completamente livre.
- Um momento – prosseguiu o camponês, tranquilamente –
Digo que o rapaz obrigou Jesus a fazer o milagre, porque só tinha cinco pães e
dois peixes, e isso para tanta gente não era nada. Mas deu tudo o que tinha,
fez tudo o que podia para que a multidão comesse. Jesus não ia ficar atrás,
também tinha que fazer tudo o que podia.
Ao ouvir isto, o missionário murmurou:
- Já estou a perceber.
- Sim, mas veja, senhor padre – continuou ainda o
camponês – Muitas vezes pedimos milagres a Deus, mas guardamos o pão que temos
e, assim Deus não faz milagres. Deus só fará milagres no dia em que aprendermos
a dar o pão que temos.
Terminada a partilha, o sacerdote arrematou:
- Eu tinha preparado uma homilia, mas depois do que
ouvi só me resta repetir a oração de Jesus: Bendito sejais, ó Pai, Senhor do
Céu e da terra, porque revelaste estas verdades aos pequeninos.
À margem:
Qual o nome deste menino que ofereceu os 5 pães e os 2
peixes com que Jesus fez o milagre?
Não ficou registado o seu nome, porquê?
Porque esse menino representa os discípulos de Jesus.
Não tem nome porque é pode ser cada um de nós.
Então, esse menino és tu, sou eu.
Se tivermos as mãos abertas para partilhar, Deus
continua fazendo milagres.
Se fecharmos a nossa mão, quem está ao nosso lado
ficará com fome de pão e sede de Deus.
Ver também:
Jesus faz muito com o nosso pouco
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