quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Mestra do amor ao próximo


Memória de Santa Teresa de Calcutá

Um menino da rua pergunta à Madre Teresa de Calcutá:

- Madre, a senhora está ocupada?

- Ui, há tanta coisa para fazer! Mas por que é que queres saber?

E com simplicidade e confiança o menino faz-lhe um pedido:

- Quer saltar à corda comigo?

E a Madre Teresa com o coração a transbordar de caridade:

- E por que não? Vamos! Comecemos por aí.

 

Madre Teresa, quem és tu?

Assim se definiu:

- Sou albanesa de sangue; de cidadania, Índia. Quando se trata de fé, sou uma freira católica. Pela minha vocação, pertenço ao mundo. No que diz respeito ao meu coração, pertenço totalmente ao Coração de Jesus.

 

De pequena estatura, firme na fé como uma rocha, Madre Teresa de Calcutá foi incumbida da missão de proclamar a sede de amor de Deus à humanidade, especialmente aos mais pobres entre os pobres. “Deus ainda ama o mundo e envia-nos para sermos o seu amor e compaixão pelos pobres.”

 

Vida e obra de Santa Teresa de Calcutá

Era uma alma inflamada de amor a Cristo e ardendo por um único desejo: “saciar a sede de amor e de almas”.

A vida de Ganxhe Bojaxhiu (nome de batismo de Madre Teresa) começou numa família católica albanesa em 26 de agosto de 1910.

Ela aprendeu a rezar com sua mãe, uma mulher de profunda fé.

“Eu não tinha nem 12 anos quando senti o desejo de ser missionária”. 

Aos 18 anos saiu de casa para ir para a Irlanda, com as Irmãs de Loreto.

Poucos meses depois foi enviada à Índia, onde completou o noviciado. Professou em 1931.

“De acordo com as constituições da congregação de Loreto, tive que mudar de nome. Optei por me chamar de Teresa, em homenagem a Santa Teresa de Lisieux”. 

Durante 20 anos dedicou-se ao ensino de história e geografia na escola Santa Maria, em Calcutá, onde frequentavam meninas indianas de classe alta. Logo ela também começou a lecionar em uma escola para meninas pobres. Como era diretora do Santa Maria, ela ia e vinha, trabalhando dia e noite.  Ela foi encarregada de dirigir a formação das Filhas de Santa Ana, freiras que viviam segundo os costumes bengalis. Eles usavam o sari indiano tecido de algodão pobre. Comiam sentados no chão, como nas aldeias de onde vieram. Eles oravam e trabalhavam sentados em esteiras. Ela absorveu em grande parte o estilo das freiras bengalis e o transmitiu às suas freiras anos depois, quando criou as Missionárias da Caridade. 

A reviravolta da sua vida ocorreu “em 10 de setembro de 1946, durante a viagem de comboio que me levou ao convento de Darjeeling para fazer os exercícios espirituais. Senti um apelo – tinha que deixar o meu convento e entregar-me ao serviço dos mais pobres, vivendo entre eles. 

Naquele dia, a sede de amor e de alma tomou conta do seu coração e o desejo de saciar a sede de Jesus tornou-se o motor de toda a sua vida. Essa iluminação interior causou-lhe inúmeras complicações durante mais de dois anos, até que em 1948 pôde vestir pela primeira vez o sári branco debruado de azul e atravessou as portas do seu querido convento de Loreto para entrar no mundo dos mais pobres.

O que tinha que fazer era ir aos bairros mais miseráveis. Visitou famílias, lavou as feridas de algumas crianças, cuidou de um velho doente que estava caído na rua e cuidou de uma mulher que morria de fome e tuberculose. Começou a recolher os moribundos nas ruas e a carregá-los às costas para um lugar onde pudessem morrer em paz e com dignidade.

Também abriu um orfanato e deu aulas para crianças, usando as calçadas como carteiras e o chão como quadro negro. 

Ela começava cada dia entrando em comunhão com Jesus na Eucaristia e saindo de casa com o rosário na mão, para encontrar e servir Jesus “nos indesejados, nos não amados, naqueles com quem ninguém se importa”.

Viveu em Calcutá, na Índia, e em 1949 solicitou e obteve a nacionalidade deste país.

Aos poucos, outras mulheres se juntaram a ela, de modo que em 1950 recebeu aprovação oficial para fundar uma congregação de freiras, as Missionárias da Caridade, que se dedicariam a servir os mais pobres entre os pobres.

Na década de 60 abriu outras casas em diferentes cidades da Índia e, a partir de 1965, também em outros países: Venezuela, Itália, Tanzânia, Estados Unidos, Rússia, China, Albânia, Cuba...

Madre Teresa de Calcutá morreu a 5 de setembro de 1997.

Hoje as suas filhas são cerca de 4.000, espalhadas por 120 países ao redor do mundo.

Foi beatificada em 2003 e canonizada em 2016.

A sua festa é celebrada a 5 de setembro, aniversário de sua morte.

Em sua homenagem as Nações Unidas declararam o dia 5 de setembro como o Dia Internacional a Caridade.

 

Ver também:

Teresa no céu

Santa Madre

Dia internacional da Caridade

Teresa de Calcutá

Imagem de Deus

 

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