terça-feira, 17 de setembro de 2024

Jovem, levanta-te...


3ª feira – XXIV semana comum

O episódio do jovem, filho da viúva de Naim, carece de esclarecimentos.

Uns estudiosos dizem que não foi bem assim.

O jovem não estaria fisicamente morto, mas é uma parábola da morte social, familiar ou motivacional ou psicológica.

Era órfão de pai, filho único, era levado pelos outros, deixava a mãe sozinha, estava às portas da cidade, abandonado ou abandonando, rebelde talvez. Era imaturo e não queria assumir responsabilidade. 

Já não havia mais nada a fazer com ele (levavam-no a sepultar).

- Jesus aproximou-se, teve iniciativa e recompôs a vida do jovem.

- Mandou parar quem o arrastava, tocou o coração de todos (sensibilizou-os).

- E deu uma ordem (jovem precisava de uma autoridade).

- Jovem (Jesus reconhece a sua juventude, a sua imaturidade ou rebeldia)

- Eu te ordeno (Jesus dá um empurrão à sua falta de querer… Não tinha regras, nem aceitava ordens. Jesus manda em quem não manda em si)

- Levanta-te (deixa de rastejar, deixa de andar deprimido, olha mais alto, sê homem).

- O jovem sentou-se (ele assentou a sua vida, estabilizou)

- E começou a falar (entrou em comunicação, interagiu, reabilitou a união de vida e de projeto familiar).

- E Jesus entregou-o à mãe (como se depois das lágrimas do parto ele tivesse nascido de novo). De facto, assumir a responsabilidade, construir a sua personalidade é um novo nascimento.

 

Tal acontece com muitos jovens ainda hoje.

Andam à procura do seu lugar e fazem experiências radicais.

Querem deixar a família, abandonam tudo e deixam-se levar.

Tocam extremos tanto do bem como do mal para encontrar uma média, o seu lugar de equilíbrio.

Quem me dera que cada jovem pudesse encontrar sempre algum Cristo que o recupere, que console a sua família.

 

Ver também:

A função das lágrimas

Ações de Jesus

Filho único de sua mãe

A Igreja é viúva

Quando Deus visita

Jesus afasta-nos do mal

Deus visitou o seu povo

 

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