terça-feira, 1 de agosto de 2023

O jovem Leão Dehon (7)

O jovem Dehon em aventuras na Terra Santa

Os grandes dias da semana santa em Jerusalém  são mais emocionantes do que se possa dizer. 

Na quarta-feira (12 de abril de 1865) passamos a manhã em ocupações todas profanas, para fazer um favor ao vice-cônsul. Ele tinha nos braços uma questão litigiosa entre um árabe argelino e um cónego do Santo Sepulcro. 

O bom cónego acabara de morrer. Tinha emprestado, estando em vida, 4.000 francos a este argelino ao juro de 10%. Esse juro é normal neste país. O argelino pretendia pagar os juros e reembolsar 800 francos de capital.

O vice-cônsul pediu-nos que formássemos com o cônsul da Espanha um tribunal arbitral, que foi aceite pelas duas partes. Eu presidia.

Achei um começo de provas escritas quanto ao pagamento dos juros. Aceitei o juramento do devedor. Ele ficou livre dos juros, mas teve de pagar o inteiro capital. Resignou-se facilmente, pois não o tínhamos carregado excessivamente.

(Cf. NHV, 1864)

 

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