terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fermento


3ª Feira - XXX Semana Comum

Lições do fermento

1º O fermento não se intimida com o tamanho da massa.
O fermento está em desvantagem em comparação com as medidas de farinha, mas nem por isso deixa de cumprir a sua missão.
O desafio parece ser muito grande, talvez haja apenas um crente numa casa, mas não há que ter medo. O cristão está colocado na sua família, comunidade, trabalho, sociedade, região ou nação para ser fermento de Deus. Os cristãos serão poucos, mas serão sempre fermento; poucos, mas bons.

2º O fermento parece ser insignificante.
Parece que não vai surtir efeito na massa. Quem olha para o fermento não imagina a sua capacidade de fazer levedar a massa. Parece incapaz de por si só fazer qualquer coisa.
Um cristão talvez esteja a rezar por alguém, animando, convidando ou orientando para a igreja ou para Deus e parece que tudo isso não vai surtir efeito, mas vai sim, porque a obra é de Deus, porque a palavra de Deus não volta sem cumprir a sua missão.  

3º O fermento trabalha calmamente.
Hoje em dia existe o fermento químico que age instantaneamente, mas antigamente para fazer pão, o fermento tinha que ficar na massa várias horas ou até de um dia para o outro. O fermento trabalha calmamente, sem confusão, sem gritaria, sem barulho.
Normalmente o testemunho cristão vale mais que a pregação. Coerentemente as nossas atitudes devem corresponder com a nossa pregação. É preciso calma, discrição e interioridade.

4º O segredo do fermento é o calor.
Para que o fermento possa fazer levedar é preciso abafar a amassadura, protegê-la, aconchegá-la. É preciso criar um ambiente de aconchego, de amadurecimento, de calor ou de amor para que o fermento contagie toda a massa.
Sem amor nem aconchego ninguém pode ser fermento no seu meio.

5º O fermento torna leve a massa.
O pão ázimo é duro, pesado e deprimido. O fermento dá à massa agilidade e leveza. E depois de misturado não se separa nunca mais. Não se sabe onde está o fermento, mas vemos a sua ação na amassadura.
Assim um bom cristão na comunidade. A sua presença torna leve e livres todos os que estão à sua volta. Levedar é tornar leve, é fazer livre ou fazer libertar alguma coisa.

6º O fermento tem de ser espalhado.
Não basta colocar o fermento dentro do alguidar. É preciso misturá-lo bem com a farinha, fazer com que se espalhe por toda a parte. Fermento acumulado não serve para nada.
Os cristãos, como fermento da comunidade, não podem ficar fechados em si mesmos, mas devem dispersar-se, chegar a toda a parte… para que nenhuma periferia fique desfalcada da sua presença.

7º O martírio do fermento na massa.
Ao ser amassado com a farinha e água, o fermento passa por verdadeiros tormentos. É sovado, batido, esmagado, triturado. Mas se não passar por isso, não cumpre a sua missão.
Não pensemos que por sermos fermento tudo vai ser um mar de rosas. Virão lutas, provações, tribulações para nos amassar e pressionar, mas isso vai fazer crescer e levedar toda a massa.




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