domingo, 27 de outubro de 2013

Fariseus e Publicanos

 
Ano C - XXX Domingo Comum
 
A) A parábola do fariseu e do publicano em oração pode ser resumida nestes termos:
Um homem foi rezar e mais não fez que bater palmas para si mesmo, pois achava-se superior a todos os demais.
Outro homem também foi rezar, mas não batia palmas, batia antes no peito em atitude de reconhecimento das suas limitações.
E nós? que fazemos das nossas mãos? batemos palmas para nós mesmos ou batemos no peito, pois podemos ser melhores?
 
B) A mesma parábola, mas inspirada nos nossos dias:
Um pai tinha 3 filhos e todas as noites, quando eles já estavam na cama, todos no mesmo quarto, costumava ir até lá... Lia-lhes meia página da Bíblia e depois rezavam juntos as orações da noite.
Um dia, vencidos pelo sono, dois deles adormeceram a meio das orações. O terceiro filho interrompeu a reza e disse ao pai:
- Vês?! Eles estão a dormir, enquanto eu continuo a rezar contigo.
O pai continuou sem se perturbar e no fim disse-lhe:
- Meu filho, é melhor dormir do que encher-se de orgulho e de vaidade.
Todos nós temos tentação de nos fazermos superiores aos outros.
Podemos começar por vencer essa tentação a começar pela oração, isto é, diante de nós. Se rezamos para nos encher de orgulho e de sentimentos de superioridade em relação aos demais, então é melhor dormir...
 
C) Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado:
Um Professor de retórica convidou os seus alunos padres a concelebrarem solenemente no final de um semestre. E pediu um voluntário para presidir e pregar nessa ocasião. Imediatamente alguém se ofereceu:
- Eu faço isso, ou não fosse eu o melhor aluno, com as melhores notas em todas as disciplinas.
No dia combinado estavam todos reunidos. O voluntário presidia à eucaristia e no momento da pregação subiu ao púlpito cheio de orgulho e convencido de que este seria para si um momento de glória. Começou a pregar, mas as palavras não lhe saíam como desejava. Começou a tremer, a gaguejar, teve uma branca, atrapalhou-se... e não teve outro remédio que retirar-se desculpando-se de que a sua voz não estava nas melhores condições. Tinha sido um autêntico fiasco.
No final foi ter com o professor:
- Diga-me qual foi o erro. O que é que eu fiz que não devia fazer? Não percebo o que me aconteceu. Diga-me em que errei?
O mestre com simplicidade apenas apontou:
- Olha, se tu tivesses subido ao púlpito da mesma forma com que desceste, com certeza terias descido do modo como subiste.
Se subimos com soberba, desceremos humilhados, mas se subirmos com humildade sermos recompensados.

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