segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Genealogia de Jesus


O Evangelho de Mateus abre com um elenco genealógico de Jesus.
À primeira vista parece uma inutilidade e uma perca de tempo ou de paciência ler ou ouvir tantos nomes tão difíceis de pronunciar e que não nos dizem nada…
Mas pensando bem… este começo está repleto de mensagens:
 
1. É uma mensagem de unidade.
É uma forma de vincular a união entre o Antigo e o Novo Testamento.
 
2. É uma mensagem de eternidade.
Desde sempre Deus foi preparando a humanidade até chegar à plenitude dos tempos. Deus não só convida a preparar, como dá o seu exemplo, preparando-se desde toda a eternidade.
Deus sonhou, preparou, quis e realizou a encarnação do seu filho.
 
3. É uma mensagem de historicidade.
A encarnação de Jesus é histórica, faz parte da história da humanidade… não é uma ficção ou um mito, mas sim uma realidade. A história de personagens históricas entra na história divina. Não sabemos onde começa a história divina e acaba a história humana e vice-versa.
É um acontecimento situado historicamente na nossa terra.
 
4. É uma mensagem de amizade.
Deus é um ser pessoal e relaciona-se com cada um chamando-o pelo seu próprio nome. Deus conhece os homens pelo seu nome… É um sinal de intimidade, de relacionamento pessoal.
Deus veio partilhar a sua intimidade num mundo relacional e pessoal. Nós somos da família de Deus e Deus quis ser um dos nossos. Para Deus não há ninguém anónimo.
 
5. Finalmente é uma maneira de afirmar a dimensão universal e global da salvação.
De fato, ao longo da genealogia são nomeadas também algumas mulheres, mais exatamente quatro – Rute, Tamar, Raab e Batsabé. Duas destas são hebreias e as outras duas pagãs. As últimas três foram até pecadoras com grande notoriedade. Mateus quer passar assim a mensagem, desde o começo até ao fim do seu livro, que Jesus veio para salvar a todos, justos e pecadores, hebreus ou pagãos.

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