quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Morte de um Santo


A 26 de Novembro 1913 o Pe. Dehon escreve no seu Diário:
“O meu santo assistente, o Pe. André Prevot morreu em Brugelette. Faremos o seu funeral a 29. Só há uma voz sobre ele: Era um santo. Praticava heroicamente em cada dia os conselhos de perfeição. Ele vivia da fé, do sacrifício, da imolação. Ele não dava numa concessão à natureza. Escreveremos a sua biografia. Ele terá mil traços edificantes. Ele foi-nos dado pela Providência para formar toda a gente. Ele foi o Mestre de Noviços durante vinte e três anos, e aqueles que o são hoje continuam as mesmas tradições…”

Para prestar ao “Santo Pe. André” a última saudação, o Pe. Dehon recordou que, para toda a Congregação, aquele era:
1) Um dia de grande dor – esperava-se tê-lo ainda por muitos anos. Porque era um padre muito precioso e insubstituível.
2) Um dia de grande exemplo – Era o “santo” da jovem congregação; porque tinha praticado a reparação da maneira mais austera. Nunca tinha agido “por motivos humanos”. Como elogio dizia-se dele: não era deste mundo.
3) Um dia de grande esperança – porque ajudará a congregação que tinha amado até ao sacrifício de todos os projectos próprios e os seus princípios pessoais para inculcar unicamente os do Fundador.
E o Fundador concluiu com tristeza:
Perdemos o reparador por excelência, o reparador dos reparadores, porque ressentia dolorosamente qualquer falta que notava nos confrades, espiando-a duramente.
Hoje só temos um meio para substituí-lo: ficarmos todos juntos, e, unidos no mesmo ímpeto reparador, espiar como ele espiou. (B. Caporale, SCJ, P. Andrea Prévot, Edizioni Messaggero, Padova, 1960, pag 308)


FRASES E FACTOS CURIOSOS DO Pe. ANDRÉ PRÉVOT

Cada minuto deve ser marcado por um sacrifício. ( Ibidem, pag 97)

A obra da reparação compreende duas partes:
- Eliminar o mal feito a Deus rendendo-lhe aquilo que lhe foi tirado ou recusado.
- E levantando as almas das suas quedas do pecado. (Ibidem, pag 131)

Com meias medidas não se elimina uma doença. (Ibidem, pag 149)

A santa missa do Pe. André durava cerca de quarenta minutos (contando com a distribuição da sagrada Comunhão).
Todo o conjunto dos seus gestos, o tom da voz, o seu recolhimento, era mais edificante que em qualquer outro sacerdote: nunca nenhuma precipitação; tudo com a máxima simplicidade.
O Pe. André não era capaz de dedicar-se mais numa cerimónia do que noutra. (Ibidem, pag 152)

Um padre é tantas vezes padre quantas línguas sabe. (Ibidem, pag 160)

Um santo nunca se queixa. (Ibidem, pag 165)

Um santo nunca se deixa orgulhar nem abater. (Ibidem, pag 165)

O alfabeto dos religiosos não começa por A B C D. Mas por O B D C (obedece). (Ibidem, pag 175)

O homem não foi feito para o incenso:
. Por pouco que aspire,
. provoca-lhe vertigens,
. vacila e cai miseravelmente. (Ibidem, pag 176)

Uma vítima não tem necessidade de distracções. (Ibidem, pag 200)

No inferno há de tudo; mas religiosos obedientes… nem um, nem um. (Ibidem, pag 230)

Os três “P” traiçoeiros:
um Pequeno cigarro,
um Pequeno copo,
um Pequeno jornal,
fazem perder a vocação. (Ibidem, pag 253)

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