4ª feira depois da Epifania
Quando
eu andava no seminário, ainda adolescente, brincava juntamente com os meus colegas sobre esta
passagem do Evangelho em que Jesus caminhava sobre as águas.
Dizíamos:
-
Jesus caminhava sobre o mar, mas nós conseguimos ficar parados sobre o mar.
De facto, costumávamos ficar a boiar ou flutuar de braços abertos na superfície da água. Parecia-nos mais difícil ficar parados do que caminhar sobre o mar. Por isso a nossa proeza parecia maior, já que caminhar era como nadar sobre as águas.
Hoje esses adolescentes são padres e podem concluir que afinal estavam enganados.
Jesus não quer que fiquemos parados, mas que avancemos, dizendo:
- Põe-te direito, caminha, avança...
Ele
dá-nos o exemplo não para descansar, mas para seguir em frente.
O
mais importante, porém, não está o meio, mas no destino.
Jesus
caminhou para ir ao encontro de quem precisava da sua companhia (dos que
estavam cansados e lutar contra a fúria da tempestade).
O
que temos de valorizar e de espantar, não o facto de Jesus ter andar sobre as águas,
mas por ter ido por todos os meios ao encontro dos seus amigos.
Assim,
cada um de nós deve avançar ao encontro de quem precisa da sua presença.
Na
água, no ar ou em terra avancemos em direção de quem precisa de nós e o impossível
pode tornar-se realidade.
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