Na Solenidade da Epifania, fazendo jus às ofertas dos
Magos, a celebração teve direito a incenso.
No ofertório, depois da incensação das oferendas no
altar, foram incensados o Sacerdote e depois todo o povo.
A igreja não é grande, de modo que uma nuvem de
incenso pairou à frente do altar.
Os que estavam mais perto, a começar pelo padre,
começaram a tossir e a diálogo do prefácio sofreu uma pausa. Alguns até
começaram a lacrimejar
Recuperando a compostura o padre perguntou:
- Por que é que acham que nós fomos atacados pela
tosse?
As respostas foram múltiplas e engraçadas:
- Por que o fumo era muito…
- Por que ficaram no meio do incenso…
- Por que tossindo empurramos o incenso para os outros…
- Por que devíamos usar máscara facial como na
pandemia…
- Por que estavam longe da porta e não havia
circulação de ar…
- Nada disso. Nós tossimos porque não fomos feitos para o incenso e o incenso não foi feito para nós. De facto, os Magos ofereceram incenso ao Deus Menino e não aos homens.
Já agora, falando a sério:
- Por que se usa o incenso nas celebrações e qual o
seu significado?
- O uso do incenso serviu tradicionalmente quatro propósitos:
1) Distingue a celebração como algo separado e acima
das ocorrências comuns do dia;
2) Lembra a doçura e o odor do nosso Deus.;
3) Reconhece a transcendência da Missa como elo entre
o céu e a terra;
4) Representa o zelo ardente da fé que nós, cristãos,
devemos sempre trazer dentro de nós. O incenso serve essencialmente para
santificar e consagrar, e sabemos instintivamente que algo diferente e especial
está ocorrendo quando o incenso é queimado.
Alguém acrescenta mais três significados:
- Convida os fiéis a deixar elevar as suas orações
como essas nuvens de incenso.
- Desinfeta e purifica o ambiente. De facto,
antigamente nos templos havia uma mistura perigosa de aromas ou maus-cheiros.
- Alarga a participação aos cinco sentidos – visão, tato,
audição, gosto e cheiro (através do incenso).
Sem comentários:
Enviar um comentário