quarta-feira, 28 de março de 2018

Misericórdia infinita


4ª feira – semana santa

- O Senhor Padre na sua pregação de hoje não nos disse se Judas Iscariotes foi salvo ou se foi condenado.
- Não disse nada porque não sei. Mas quando eu chegar ao Paraíso vou perguntar-lhe.
- Oh não! E se Judas tiver ido para o Inferno?
- Nesse caso, podes perguntar-lhe tu!

Falando agora com seriedade, o que podemos dizer sobre este assunto é que a misericórdia de Deus é infinita.
Se Judas não pôs limites a essa misericórdia, com certeza foi salvo.
Mas se lhe pôs limites, creio que Deus é muito mais forte do que Judas e tê-lo-á salvo, mesmo assim.
Aliás, ainda na cruz Jesus pediu ao Pai que lhes perdoasse…
Judas deve estar no grupo destes primeiros redimidos.
Jesus é o primeiro defensor dos que o crucificaram.
Crucificaram-no porque desconheciam a quem estavam a crucificar, porque se soubessem nunca o teriam feito – Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem…
Jesus ocultou-lhes o seu rosto e por isso não reconheceram a sua divindade. Ocultou-lhes o seu poder, mas nunca a sua misericórdia.
Longe de exigir justa vingança, converteu-se em advogado defensor dos seus acusadores.
Só um amor como este podia ser redentor.
O seu sangue derramado não exigiu justiça, mas reclamou perdão.
Judas e os seus contemporâneos agiram por ignorância.
Nós, que conhecemos Jesus e reconhecemo-lo como Filho de Deus, podemos ter o mesmo comportamento e a culpa poderá ser maior, mas a misericórdia de Deus é sempre infinita.





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