sábado, 20 de agosto de 2016

Em português 2


O Pe. Dehon traduzido ou divulgado em português

Sabemos pelo próprio Pe. Dehon que algumas das suas obras foram traduzidas em português (como também em italiano, húngaro e árabe), mas não sabemos do paradeiro dessas edições. Temos apenas a edição portuguesa da Usura no tempo presente. Parece ser a única obra editada em português em vida do Pe. Dehon.
Também sabemos, pelo próprio que foram enviadas cartas em português a solicitar apoio à construção da Basílica do Coração de Jesus em Roma, mas também não temos nenhuma cópia.
Por outro lado encontramos em estudos portugueses algumas citações de originais franceses do Pe. Dehon, o que indicia divulgação das suas obras em Portugal.

Eu publico estas conferências sociais em muitos volumes: Catecismo Social – Renovação Cristã – Diretivas Pontifícias. Muitos destes volumes estão traduzidos em italiano, em árabe, em húngaro, em português. Eles tornam-se clássicos em muitos seminários de França e de Itália.” (NQ XXXIX/112, 1916)




















13/04/1920
“Roma. Querido filho, pode mandar imprimir (de acordo com o Pe. Legay) as novas demissórias. Os bispos aceitam ainda as antigas… Eu creio que Beckaert será um excelente missionário… Preparamos os pedidos ao episcopado em 7 línguas: alemão, francês, italiano, inglês, espanhol, português, latim…” (Carta ao Pe. Philippe, inv 466.13 AD: B22/12)

30/04/1920
“Roma. Meu caro Carlos, não penses que te esqueço… O Cardeal Vigário benzerá a 1ª pedra da nossa nova igreja do S. Coração… Escrevemos a todos os bispos do mundo. Temos circulares em 7 línguas: italiano, francês, inglês, alemão, espanhol, português, latim… Mil cartas para dobrar, selar etc… Teu dedicado L. Dehon.” (carta a Charles Goffin. Inventário: 489.04 AD: B24/2)

13/08/1923
Tem cartas de inquéritos em português. Envie-me algumas.” (Carta a Bosio. Manuscrito. Inventário: 1133.25 AD: B97)






















“A Usura no tempo presente” do Pe. Dehon está, desde 1905, traduzido e publicado em Português.
A coleção “Ciência e Religião”, no nº 8, tendo como diretor Gomes dos Santos, publicada pela Livraria Povoense – Editora, de José Pereira de Castro, da Póvoa de Varzim no início dos anos 1900, apresenta “A usura no tempo presente, por E. Dehon.
No resumo de divulgação da coleção pode ler-se a propósito deste livro do Pe. Dehon:
“É um verdadeiro tratado sobre a usura, este volume precioso. Nele se estudam todas as modernas formas da usura, considerada em relação à questão social. Foi muito apreciado em França, onde as edições se sucederam.”
O livro tem 101 páginas e cerca de 19 cm.

A Revista Católica Mensal “ESTUDOS SOCIAIS”, fundada e publicada em Coimbra a partir de 1905 fez várias referências ao Pe. L. Dehon e a L. Harmel.
- No nº 4, Março de 1905, na página 130, é apresentado um artigo intitulado, ‘Natureza da Questão Social”, do Padre Biederlack e traduzido por Diógenes (pseudónimo de Artur Bivar). Logo no segundo parágrafo o autor refere: “Que a moderna sociedade atravessa uma crise, ninguém ousa negá-lo.” O Tradutor acrescenta uma nota de rodapé: “Muito tempo antes, já a Igreja, mais clarividente e animosa, tinha reconhecido o mal. Desde 1848 que o ilustre Kletteler, bispo de Moguncia, denunciava a injustiça social de que sofria a Europa e propunha os remédios. - DEHON, Manual Social, Introdução, Paris (Bonne Presse).”
- No nº 1, Janeiro de 1906, é apresentado um artigo de Júlio Monzó, intitulado “A missão dos círculos catholicos de operários em Portugal”. Na Página 26 pode ler-se: “Espíritos esclarecidos como Cathrein e Winterer na Alemanha, Harmel, Delaporte e Dehon na França e, sobretudo, Antoine na Bélgica com a monumental Cours d’Economie Sociale, muito contribuíram com os seus eruditos trabalhos e vastos conhecimentos para propagar a doutrina, que homens de acção como de Mun e Raffeison se encarregavam de pôr em prática, de tal modo que, em pouco tempo, o movimento democrático-christão foi uma realidade, formando os seus afiliados enthusiastas uma legião à qual os peores inimigos não poderam deixar de reconhecer a beligerância.”
- No nº 3, Março de 1907, a Revista transcreve na página 99 e seguintes, um relatório intitulado “Fins, organização e unificação do Movimento Catholico Popular Português”, escrito por Júlio Monzó. O autor, na página 104, ao falar do socialismo, põe em nota de rodapé: “De publicistas católicos podem-se ver as obras de Winterer: Le Socialisme contemporain, DEHON: Manuel Social Chretien





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