segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Que eu veja, Senhor!

2ª Feira - XXXIII Semana Comum

Não sei de quem é este texto que partilho hoje. É interessante e cada um poderá adaptá-lo consoante a sua situação existencial.

Senhor, que eu veja!

Senhor, lembro o cego que um dia te procurou.
Quando lhe perguntaste o que queria, ele respondeu:
- Senhor, que eu veja.
Repito o pedido:
- Senhor, que eu veja.

Quando há muito que fazer,
Senhor, que eu veja o que é mais importante e mais útil aos outros.

Quando tudo se torna escuro e sombrio,
Senhor, que eu veja a tua luz a me guiar.

Quando vários caminhos estão em minha frente,
Senhor, que eu veja aquele que tu queres que eu percorra.

Quando a dúvida me assaltar,
Senhor, que eu veja a tua verdade.

Quando eu andar apressado pela vida,
Senhor, que eu veja o irmão a mendigar um sorriso, uma saudação, um gesto de atenção.

Quando eu andar pelo campo afora,
Senhor, que eu veja a flor a admirar, o riacho a preservar, a natureza toda a defender.

Quando eu ouvir falar de greves,
Senhor, que eu veja a causa delas na organização injusta do sistema social.

Diante da propaganda e de certos programas dos Meios de Comunicação Social,
Senhor, que eu veja os falsos valores que se transmitem com a finalidade de destruir princípios humanos e cristãos.

Quando a doença bater, em mim ou nos meus familiares,
Senhor, que eu veja na cruz um sentido redentor para toda a dor humana.

Quando tudo me parecer negativo, triste e chato,
Senhor, que eu veja o lado bom da vida e me revista de um sadio optimismo.

Senhor, que eu veja sempre:
As crianças sorrindo,
Os idosos aceites e amparados
Os jovens idealistas e entusiastas
Os pobres promovidos e libertados
As famílias unidas.

Senhor, que eu não veja nunca:
Máquinas, caprichos e leis acima da pessoa.
A força das armas para estabelecer a ordem
Máscaras e mentiras na Igreja
Pobres morrendo de fome ao lado de supermercados
Milhões em festinhas e uns trocados para instituições de assistência.

Senhor, que eu veja como cego à beira do caminho.
Os homens parecem gostar de andar nas trevas.
Parece que gostam de ter as vistas cobertas e andar a esmo.
Não querem ver.
Esse também é o meu pecado: muitas vezes eu não quer ser.
Tenho medo que, enxergando, a minha vida tenha que ser mudada.

Senhor, eu te suplico:
- Abre os meus olhos!

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