sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Virgem Santa Maria, Rainha


Memória de Santa Maria, Rainha

Na conclusão da oitava da Assunção a Igreja propõe-nos esta celebração mariana.

É o 5º Mistério Glorioso.

Há dias alguém muito atento veio pedir um esclarecimento:

- As pessoas que levantam o terço na igreja, quando nomeiam o 5º mistério glorioso, às vezes dizem uma coisa, às vezes dizem outra coisa.

- Como assim? – perguntei.

- Às vezes dizem – Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Anjos e dos Santos. Outras vezes dizem – Coroação de Nossa Senhora como Rainha do Céu e da Terra. Então em que ficamos? Como é que devemos dizer.

E lá fui explicando que as duas fórmulas eram corretas, pois Maria é Rainha dos Anjos do Céu e Rainha dos Santos na Terra. Em todo o caso, a liturgia do dia 22 de agosto designa apenas que ela é rainha, ou seja, Virgem Santa Maria, Rainha.

- O melhor é dizer como rezamos na Salve Rainha – concluí.

Nós dizemos:

1- Salve Rainha

2- Mãe de misericórdia

3- Vida

4- Doçura

5- Esperança nossa

 

E acrescentamos a estas 5 designações iniciais, outras 5 ao longo da oração:

1- Advogada nossa

2- Clemente

3- Piedosa

4- Doce Virgem Maria

5- Santa Mãe de Deus

 

Quando dizemos que Nossa Senhora é Rainha, estamos a dizer que ela é Rainha com todos estes nomes ou atributos.

 

À margem 1:

Nossa Senhora em Fátima nos disse:

- Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará.

Acredito que, neste caso, triunfar é reinar.

O seu Coração, portanto, é o cetro com o qual ela governa todos aqueles que lhe obedecem nesta terra.

Sabemos que Nossa Senhora por direito é a Rainha do Céu e da Terra. Ela tem esse direito por duas razões:

- Primeiro, porque ela é a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é o Rei de toda a criação. - Segundo, Nossa Senhora é Rainha porque Deus lhe concedeu um governo real sobre o Céu e a Terra. Ela tem poder sobre os Anjos, os Santos, as almas do Purgatório, todos na Terra.

Uma rainha-mãe não é, propriamente falando, uma rainha reinante. Ela recebe honras reais, mas não reina. Na Inglaterra a falecida mãe da Rainha Isabel II, era a Rainha Consorte porque era casada com George VI. Quando o Rei faleceu, o poder real passou para sua filha, e ela se tornou a Rainha-Mãe. Durante toda a sua vida ela recebeu honras reais, mas nunca exerceu poder real. Nossa Senhora não é apenas uma Rainha-Mãe porque ela é a Mãe de Nosso Senhor, mas também porque Deus lhe concedeu esse poder real.

O triunfo de Nossa Senhora será estabelecido quando ela reinar sobre o mundo, isto é, quando todos estiverem sob a alçada do seu Coração Imaculado. É assim que Nossa Senhora reina através de seu Imaculado Coração


À margem 2:

A lição da história

Na conclusão do ano mariano de 1954, no centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, Pio XII instituiu a memória litúrgica de 31 de maio, como coroamento ou encerramento do mês de maio, para celebrar a Virgem Santa Maria, Rainha. A revisão do calendário litúrgico de 1969, achou mais oportuno inserir essa memória na oitava da solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria, para melhor evidenciar a relação entre a assunção e a glorificação. Pio XII, na sua carta encíclica "Ad Coeli Reginam" (11 de outubro de 1954), fala de Maria como Mãe da Cabeça, Mãe dos membros do Corpo Místico, Soberana e Rainha da Igreja e participante da realeza de Jesus. Para justificar a sua decisão, o Papa escreveu: Desde os primeiros séculos da Igreja Católica, o povo cristão elevou orações suplicantes e hinos de louvor e devoção à Rainha do Céu, tanto em circunstâncias alegres como, ainda mais, em momentos de grave angústia e perigo; nem diminuíram as esperanças depositadas na Mãe do divino Rei, Jesus Cristo.

A lição da liturgia

A liturgia da Igreja Latina faz eco disto com a antiga e dulcíssima oração "Salve, Rainha", as antífonas marianas "Salve, Rainha do Céu", "Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia". A estes cânticos deve acrescentar-se a Ladainha de Loreto, que convida os devotos a invocarem repetidamente Maria como Rainha; e no quinto mistério glorioso do Santo Rosário, os fiéis contemplam, desde há muitos séculos, o reino de Maria, que abrange o céu e a terra.

A lição das Sagradas Escrituras

Na Sagradas Escrituras, diz-se do Filho, que nascerá da Virgem: "Será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David, e reinará eternamente na casa de Jacob, e o seu reino não terá fim" (Lc 1,32-33); e, além disso, Maria é proclamada "Mãe do Senhor" (Lc 1,43). Daqui decorre logicamente que ela própria é Rainha, tendo dado à luz um Filho que, no próprio momento da sua conceção, ainda como homem, era rei e senhor de todas as coisas…

 

Ver também:

Festa real e evangélica

Brincando com a coroa

Serva na terra, rainha no céu

Rainha da paz

Salve Rainha

Sermão sobre Maria

Rainha e Mãe

Coroa de 12 estrelas

Rainha da Paz

Rainha do Céu

Viva a Rainha

 

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