quarta-feira, 24 de abril de 2024

Eis a luz de Cristo


4ª feira – IV semana da Páscoa

Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas.

Conta-se que certo protestante inglês entrou com a sua filhinha de 5 anos numa igreja católica de Londres. Ao ver uma luzinha acesa diante do sacrário, a menina perguntou:

- Papá, por que está acesa aquela lâmpada?

Ao que o pai respondeu:

- Porque ali, atrás daquela portinha dourada, mora Jesus!

- Então, ela contestou:

- Papá, eu quero ver Jesus!

- Não se pode, filha, porque a portinha está fechada – respondeu o pai solícito.

De seguida, saíram da igreja e mais adiante entraram num oratório protestante. Chegado ali, logo a criança disse:

- Papá, aqui não tem aquela luzinha acesa por quê?

Meio desconcertante, o pai não soube responder.

De facto, ali não havia nem luzinha, nem sacrário. (Cf. Frei João Costa, OCD, “Ai, se essa luz pequenina se apaga!” in Boletim de Espiritualidade, outubro 2022).

 

Aquela luzinha atrai, captura o olhar e a atenção. Quando tu entras, aquela luzinha chama e prende. Fala contigo e convida-te a aproximares-te, a esqueceres-te e a queimares-te. Seduz e encandila as borboletas, queima e abrasa-lhes as asas até elas caírem exaustas e mortas de amor!

Aquela luzinha nunca desarma, e diz:

- Vem, vem para aqui aproxima-te! Prende-te! Prende-te aqui. Fica aqui. Fiquemos juntinhos! Vá, fiquemos juntinhos aqui, sim!

Aquela luzinha é um sinalzinho que até podes não ver, não querer ver, ou nada perceber. Aliás, desde um qualquer lugar do templo, pesada, podes baixar a cabeça. Colocá-la entre as mãos. Segurá-la em desespero. Ou deixá-la repousar. Ou podes adormecer. Mas a luzinha fica ali. Tremeluzindo ali. Interpelando-te dali. Sem gritar. Sem forçar. Dizendo-te apenas:

- Olá! Estou aqui, vês-me? Olha! Olha, que Ele está aqui! Comigo, contigo, Ele está aqui! Serena e acalma-te, que Ele está aqui!

E mais nada.

Ai, que se a luzinha se apaga, a noite cai!

 

À margem 1

Se deres as costas à luz, nada mais verás além do que tua própria sombra.

 

À margem 2

Trevas são ignorância – Luz é sabedoria

Trevas são ódio – Luz é amor

Trevas são desilusão – Luz é esperança

Trevas são tristeza – Luz é alegria

Trevas são solidão – Luz é companhia

Trevas são morte – Luz é vida eterna

Trevas são perdição – Luz é salvação

 

Ver também:

Onde houver trevas

Fazer caixinha

Salvar sim, condenar não

Vida, glória e felicidade

 

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