Domingo
de Ramos ou Domingo da Paixão
Tão
depressa os ramos para aclamar
se
transformam em vergastas para flagelar.
Tão
depressa as fitas da aclamação
se
transformam em chicote de condenação.
Jesus
é sempre o mesmo
nós
é que mudamos.
E
o problema não está no que temos na nossa mão
mas
o que temos no nosso coração.
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Papa
Francisco:
“Esta
celebração tem, por assim dizer, duplo sabor: doce e amargo. É jubilosa e
dolorosa, pois nela celebramos o Senhor que entra em Jerusalém, aclamado pelos
seus discípulos como rei; ao mesmo tempo, porém, proclama-se solenemente a
narração evangélica da sua Paixão. Por isso o nosso coração experimenta o
contraste pungente e prova, embora numa medida mínima, aquilo que deve ter
sentido Jesus em seu coração naquele dia, quando rejubilou com os seus amigos e
chorou sobre Jerusalém…
Jesus,
que aceita ser aclamado, mesmo sabendo que O espera o «crucifica-o!», não nos
pede para O contemplarmos apenas nos quadros, nas fotografias, ou nos vídeos
que circulam na rede. Não. Está presente em muitos dos nossos irmãos e irmãs
que hoje, sim hoje, padecem tribulações como Ele: sofrem com um trabalho de
escravos, sofrem com os dramas familiares, as doenças... Sofrem por causa das
guerras e do terrorismo, por causa dos interesses que se movem por detrás das
armas que não cessam de matar. Homens e mulheres enganados, violados na sua
dignidade, descartados.... Jesus está neles, em cada um deles, e com aquele
rosto desfigurado, com aquela voz rouca, pede para ser enxergado, reconhecido,
amado.
Não
há outro Jesus: é o mesmo que entrou em Jerusalém por entre o acenar de ramos de
palmeira e oliveira. É o mesmo que foi pregado na cruz e morreu entre dois
malfeitores. Não temos outro Senhor para além d’Ele: Jesus, humilde Rei de
justiça, misericórdia e paz.”
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