quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Irmãos de sangue


4ª feira – XXVII semana comum

O Pai Nosso é a oração mais universal, a mais ecuménica, a mais comunitária, a mais fraterna e portanto a mais divina. É a mais perfeita pois é aquela que mais nos aproxima de Deus sem nos afastar dos irmãos e aquela que mais nos aproxima dos irmãos sem nos afastar de Deus.

Deus é Pai, nós somos seus filhos, irmãos de ‘sangue’ entre nós.
A expressão ‘de sangue’ remete-nos para uma anedota de D. Hélder da Câmara (+1999), contada por ele mesmo.
Certa vez o arcebispo de Recife teve que interceder junto de um empresário pedindo emprego para um ‘seu irmão’, um nobre pai de família. O empresário depois de atender com muita solicitude ao pedido do Bispo, percebeu logo ter sido ‘enganado’.
- O senhor enganou-me. - Disse o empresário para D. Hélder. - O homem não é seu irmão coisa nenhuma.
- Mas como… filhos do mesmo Pai, não são irmãos?
O empresário retorquiu:
- Sim, eu sei o que o senhor quer dizer com isso, mas eu tinha entendido que eram irmãos de sangue.
- Pois é - insistiu D. Hélder - o sangue que Cristo derramou sobre mim derramou também sobre ele: assim somos irmãos de sangue.



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