terça-feira, 11 de maio de 2010

Provações fecundas

3ª Feira da VI Semana da Páscoa

Na 1ª Leitura os apóstolos, mesmo na prisão, promovem a conversão do guarda da prisão que depois é baptizado juntamento com toda a sua família.
À primeira vista, a prisão era um impedimento para a evangelização, mas afinal foi uma feliz oportunidade.

Deus, ou quer impedir os males e não pode;
ou pode e não quer;
ou não quer nem pode;
ou quer e pode.

Se quer e não pode, é impotente: o que é impossível em Deus.
Se pode e não quer, é invejoso: o que também é contrário a Deus.
Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto nem sequer é Deus.
Se pode e quer, que é a única coisa compatível com Deus, donde provém então a existência dos males?

Por que razão é que Deus não os impede?
Porque há males que vêm por bem.
Parecem-nos males, mas afinal é um bem.
De facto, Deus escreve direito por linhas tortas.
Devemos muito mais do que pensamos às nossas provações.

As mãos que nos ferem,
os cães que nos mordem,
as doenças que nos roem,
os grilhões que nos amarram,
os fardos que nos esmagam:
são forçados a se tornarem os nossos auxiliares.

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