Memória de Santa Clara, virgem (1193-1253)
POEMA PARA DISSIPAR A ESCURIDÃO
de Manuel Bandeira (1886-1968)
Santa Clara, clareai
Estes ares.
Dai-nos ventos regulares,
de feição.
Estes mares, estes ares
Clareai.
Santa Clara, dai-nos sol.
Se baixar a cerração,
Alumiai
Meus olhos na cerração.
Estes montes e horizontes
Clareai.
Santa Clara, no mau tempo
Sustentai
Nossas asas.
A salvo de árvores, casas,
E penedos, nossas asas
Governai.
Santa Clara, clareai.
Afastai
Todo risco.
Por amor de S. Francisco,
Vosso mestre, nosso pai,
Santa Clara, todo risco
Dissipai.
Santa Clara, clareai.
Cantiga por Irmã Clara
Letra, música e voz do Pe. Zezinho, SCJ
Clara, ó Clara
Me diga porque
Que foi que Francisco falou pra você?
Clara, ó Clara
Eu quero entender
Por que deste mundo te foste esconder?
Tu tinhas dinheiro,
vivias feliz
Igual as meninas que havia em Assis
Será que Francisco te enfeitiçou?
Que tão de repente teu mundo mudou
Eu tinha dinheiro,
vivia feliz
Igual as meninas que havia em Assis
Mas foi Jesus Cristo quem me cativou
Francisco somente o caminho mostrou
Eras bonita de classe
maior
Teu pai era nobre, patrão e senhor
Será que esta vida não era viver?
Que tão de repente te foste esconder
Clara, ó Clara
Me diga porque
Que foi que Francisco falou pra você?
Clara, ó Clara
Eu quero entender
Por que deste mundo te foste esconder?
Eu era bonita de
classe maior
Mas eu tinha sonhos de algo melhor
Será que esta vida é viver e morrer?
Um dia por fim eu por ti fui viver
Deixaste o dinheiro
tranquila e feliz
E foste viver num mosteiro de Assis
Será que perdeste a razão de viver?
Tão jovem, tão bela não dá pra entender
Deixei o dinheiro
tranquila e feliz
E fui me trancar num mosteiro de Assis
Deixei o que eu tinha passei a viver
Que a vida é bem mais que a minha mania de ter
Clara, ó Clara
Já posso entender
Porque deste mundo te foste esconder
Para ouvir clicar aqui
Ver também:
Sem comentários:
Enviar um comentário