5ª feira – XVI semana comum
Os evangelistas dizem
que Jesus falava em parábolas e sugerem até que não falava a não ser por
parábolas. Não é bem assim.
Os discursos de Jesus
são múltiplos e diversificados. Ele falava através de:
1º - Através de Parábolas
– narrativas simbólicas inspiradas pelo tema da Palestina e pela experiência
modesta dos seus habitantes. Falava por parábolas, palavras simples, textos
breves. Identificamos no mínimo 35 e no máximo 72 parábolas, englobando algumas
comparações abertas.
2º - Através dos milagres
ou sinais – Jesus comunicava ou pregava através dos milagres que são
semelhantes às parábolas, como parábolas vivas.
3º - Através de
ditos, polémicas ou discussões. Jesus tirava partido daquilo que ouvia, dos
problemas que via e da reflexão que seguia.
4º - Através de
gesto, do exemplo, da sua presença. Tudo o que fazia era uma lição. Ensinava o
que vivia e vivia o que ensinava. Mostrava
as suas mãos, peito e pés trespassados, a sua maneira de rezar, a sua paciência
e a sua cruz. De facto, não havia outros recursos materiais ou pedagógicos do
que o poder da sua vida e santidade.
À margem 1:
O Cardeal Ravasi diz
que Jesus foi o primeiro a usar o Twitter antes de todos nós com frases
essenciais – amai-vos uns aos outros…. Eu sou o caminho a verdade e a vida,
ninguém vai ao Pai senão por mim. Eu sou a ressurreição e a vida, sou o pão
descido do céu quem me come terá a vida…
Cada Twitter tem 290
caracteres, nos nossos dias. Foi criado em 2006, mudou para Z em 2023 – tem
como lema o que está a acontecer. São pequenas mensagens partilhadas por
internet. Mas, afinal, Jesus já usava esse estilo – palavras simples, frases
curtas e incisivas, fáceis de entender e de fixar para não se esquecer.
As parábolas são
história com mensagens ao estilho do Facebook. São mensagens com história ou
história com mensagens.
Se Jesus se
interessou por este estilo, há muito tempo, um padre que nos dias de hoje não
se interessa pela comunicação coloca-se fora do seu ministério.
À margem 2:
Os nossos discursos.
Um aprendiz de
pregador quis apresentar aos seus colegas um sermão novo e bom (diferente, bonito,
agradável e eficaz).
No final, o seu mestre
avaliou esse trabalho com um simples comentário:
- Tudo o que
escreveste ou disseste foi, de facto, bom e novo. Infelizmente, o que há de bom
nele não é novo, e o que há de novo não é bom…
Só o Senhor Jesus tem
Palavras de Vida eterna.
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