terça-feira, 29 de julho de 2025

A melhor parte, não a única


Memória litúrgica dos Santos Marta, Maria e Lázaro

Hospedeiros do Senhor

Santo Agostinho, ao refletir sobre o episódio de Marta e Maria, comentou num dos seus discursos:

Nestas duas mulheres estão simbolizadas duas vidas: a presente e a futura; uma vivida na fadiga e a outra no repouso; uma atribulada, a outra bem-aventurada; uma temporária, a outra eterna (Sermão 104, 4).

E pensando no trabalho de Marta, Santo Agostinho disse: Quem na terra está isento deste serviço de cuidar dos outros? Quem na terra consegue descansar destas tarefas? Procuremos desempenhá-las de forma irrepreensível e com caridade. O cansaço passará e o repouso chegará; mas o repouso só chegará por meio do cansaço. A barca passará e a pátria chegará; mas não se chegará à pátria senão por meio da barca (ibid., 6-7).

Cristo gentilmente ensinou a Marta que a contemplação de Maria aos Seus pés era a melhor parte que não lhe seria tirada. Observamos que Ele não disse que era a única parte, mas sim a melhor.

Nós precisamos do exemplo de Marta, de Maria e de Lázaro, hospedeiros do Senhor.

 

À margem:

Jesus frequentava a casa de Marta, Maria e Lázaro. Visitava quando ele precisava de hospedagem, de descanso ou de conforto, mas também quando essa família precisava de conforto, de apoio e de bênção.

Assim também na nossa casa ou na nossa comunidade – quanto mais ajudamos, mais somos ajudados, quanto mais compreendemos, mais seremos compreendidos, quanto mais valorizamos, mais seremos valorizados.

 

Ver também:

A senhora dona Marta Bimby

 

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