sábado, 10 de junho de 2017

Ícone da Trindade


















Ano A - Solenidade da Santíssima Trindade

O grande artista Nicolleto Semitecolo representou Deus de modo admirável: Fê-lo com um ícone dedicado à Santíssima Trindade. É uma conexão entre o Pai e Jesus e no envolvimento do Espírito Santo:
- As mãos correspondem-se. Até as mãos do Pai parecem trespassadas. O próprio Pai, em Jesus, se oferece, se envolve. É a paixão de Deus, o sofrimento do Pai.
- Há simetria entre as duas auréolas. Cristo é luz da lua. A auréola de Jesus está relacionada com a luminosidade de Deus.
- Há um contraste entre o manto azul do Pai, o vestido vermelho da realeza e o corpo nu de Jesus. Diz São Paulo: Jesus Cristo, que é de natureza divina, não se considerou como usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-se a si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-se semelhante aos homens… (Fl 2, 6-7) Esta é a sua glória.
- Jesus está diante do Pai. Está mais abaixo em relação a quem os olha. Dele se pode subir até ao Pai. Ele é o caminho (Jo 14, 1-6). Ninguém conhece o Pai senão o Filho e Aquele a quem ele o queira revelar (Mt 11, 27).
- Os olhos de Jesus são idênticos aos do Pai. Assim Deus, através de Jesus olhou e olha o mundo e a humanidade.
- Os braços de Jesus estão abertos. Seguram-nos o Pai. Nele tornam-se disponíveis. Jesus é a sua ação, a sua intervenção. Nele, Deus entra como ator na história e salva-a por dentro. Mais do que Deus omnipotente deve-se falar de Deus omni-abrangente.
- Jesus tens os sinais da cruz. Assinalam a sua história. Dizem qualquer coisa da sua identidade. O sangue continua a sair. Cristo é a fonte perene de graça (cf. Jo 19, 34). Jesus assume e reassume o sofrimento. Está quase pregado (voluntariamente) à sua disponibilidade. Com os sinais da paixão vive imortal.
- Uma pomba paira entre o rosto do Pai e o de Jesus. É o Espírito Santo. É o respiro dos dois. Relaciona-os. Fá-los encontrarem-se. Procede dos dois. É a intuição, a criatividade, a fantasia de Deus.









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